O poder resiste, mas o povo insiste (Egipto).
E há arquétipos que vão caindo, porque, se não tombassem, era um bem maior que se eclipsava: a justiça e a liberdade.
O povo está a desobedecer a ordens superiores e a pulverizar uma ordem, toda ela, injusta.
É muito reconfortante ver uma nação inteira a guiar-se por um imperativo de consciência comum.
Como refere Stéphane Hessel, «a legitimidade dos valores é mais importante que a legalidade do Estado».
Faz falta, entre nós, quem se assuma à altura dos tempos. É perigosa e muito perturbadora esta anemia do pensamento. Alguém (um líder, um ídole ou simplesmente uma corrente) decide e todos seguem, todos entram na onda.
Andamos amestrados, deixamo-nos carneirizar. Paulo Nozolino lastima esta nossa «incapacidade de pensar». A cabeça das pessoas «está cada vez pior».
Apenas gritamos. E somente quando em causa está o que é nosso. O grande problema - nota Nozolino - «é nunca nos pormos nos pés dos outros».
Olhemos para a África.
Fonte:
http://theosfera.blogs.sapo.pt/
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