É já amanhã o DIA DO DOENTE.
É um Dia para nos recordar que cada dia é dia do doente.
A doença lembra-nos a nossa limitação. Quem, diante da cama de um doente, ousará dizer: "Eu cá não preciso de ninguém?"
A doença chama-nos ao essencial da vida. Deste mundo apenas levamos o que damos, nunca o que temos.
A doença espicaça a nossa vontade de viver e de saborear aqueles pequenos gestos que na saúde deixamos tantas vezes passar ao lado.
A doença abre-nos ao mistério da vida: de onde viemos? o que fazemos aqui? para onde vamos?
Para o cristão, a doença é corredentora. Assim como os ribeiros, os afluentes e os grandes rios se juntam ao mar que tinge de salgado as águas que recebe, assim a nossa cruz, unida à Cruz de Cristo, torna-se corredenção para a humanidade.
Deus NÃO quer que nenhum dos seus filhos sofra. Deus não é o autor do mal, do sofrimento, dar dor. Mais, Deus sofre no nosso sofrimento, connosco.
Passamos pela cruz, sim. Agora ou mais logo, desta maneira ou daquela. Mas sabemos que sexta-feira santa não é o fim, mas caminho para a manhã da Páscoa. Lutar pela vida, querer viver, abrir-se, colaborante, àqueles cuja missão é ajudar o doente (voluntários, médicos, enfermeiros, familiares, amigos...), confiar em Deus que sabe muito melhor o que é bom para cada um nós muito mais do que cada um de nós...
Se o desabafo é humanamente compreensível, a revolta contra Deus e contra a vida, como estado de espírito constante, resolve alguma coisa? Não nos faz antes sofrer duas vezes?
Como é bela a predisposição de espírito daquele doente, que no meio da gravidade da sua situação, exclamava com nobre serenidade:
- Deus sabe que estou aqui. Eu confio n'Ele.
Veja AQUI a oração do doente.
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