Os milhos voltam a estar na ordem do dia após um tempo em que, por estas zonas, foram relegados para o caixote das velharias.
Até meados da década de sessenta do século passado, os milhos eram companheiros das famílias mais pobres e supriam a ausência de arroz e massa nas casas onde o dinheiro não permitia ter estes "luxos". Em muitas famílias, alternavam com a cevadinha, natural substituto do arroz, em lares com poucos recursos.
Há muitas maneiras de confeccionar uma refeição de milhos, conforme os gostos, as posses e as ocasiões.
Pessoalmente, aprecio-os com carne de vinha d'alhos. E embora goste imenso de verduras e legumes, prefiro os millhos assim mesmo, só com carne de vinha d'alhos, pró picantezinho...
Passei há bocado os olhos pela internet e verifiquei que existem imensas receitas para confeccionar os milhos, perfeitamente executáveis por alguém que possua rudimentares conhecimentos de culinária, o que não é o meu caso.
Antigamente o milho ia para o moinho e, quando as pessoas assim o desejassem, era moído com essa finalidade. Uma coisa era moer para fabricar o pão, outra para obter os milhos com a finalidade de serem cozinhados. Soube hoje que ainda há raros moinhos que moem o milho para milhos... Mas, em geral, as cozinheiras compram-nos hoje nas superfícies comerciais.
Penso que não será uma refeição para se comer quotidianamente, mas de longe em longe, sabe muito bem - claro, a quem gostar, como é o meu caso.
Hoje uma família amiga convidou-me para almoçar milhos. Agradeço-lhes pela amabilidade, pela empatia e pelo petisco.
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