quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

FELIZ 2024? VALE O QUE VALE…

Estes dias têm sido um chorrilho de votos, frases feitas, pré-formatadas, de gente feliz por bagatelas. Repetir à exaustão desejos não passa disso mesmo = intenções. Vou-me cruzando com verdadeiros atentados à seriedade afetiva, honestidade intelectual e verdade espiritual. Gente feliz sem Deus!
Quantos começaram o ano em ação de graças a Deus? Quantos participaram na Eucaristia no primeiro dia do ano civil? Católicos de encher pela boca! Rótulos belos sem qualquer conteúdo = típico mundanismo espiritual. Devotos do deus Baco, seguidores do santo Narciso, comensais fiéis do Demo que conseguem expelir pela boca profanações, travestidas de votos, tidas por “sagradas”, mesmo que há muito arredados de Deus! Que carregam no coração? Quem preside às suas escolhas e prioridades?!
Gente feliz ocupada em farras, brindes, fogo de artifício, lautos banquetes e fetiches de circunstância. Cada um dá o que tem e agarra-se ao que acredita. Espremido? Nada! Tanta hipocrisia! Tanto fogo de vistas! Tanta gente a desejar aos outros o que nem para si consegue! Votos de feliz 2024 sem Deus?! Sinceramente! Gozando com Deus e invocando o seu santo nome em vão? Então, mandam às favas a “santificação de domingos e dias santos de guarda” e ainda fazem votos de felicidade sem/com Deus? A soberba e sobranceria é tanta ao ponto de até se julgarem também cobertos de razão! De facto, quando se trata de ter lata, há-a para todos os gostos e tamanhos… Cada vez mais!
Para tantos, como reza a história, o fim está mesmo próximo: «Numa estrada, alguns metros antes duma curva, dois frades seguravam um cartaz que dizia: "O Fim Está Próximo! Arrepende-te e Volta Para Trás!". Nisto, passa um carro e eles mostram-lhe o cartaz. O condutor do automóvel dá uma gargalhada, insulta-os e segue em frente. Instantes depois ouve-se um grande estrondo para lá da curva. Diz um dos frades para o outro: “Olha lá... Se calhar já devíamos mudar o cartaz e escrever antes “A Ponte Caiu", não?»
A bênção é outra coisa, bem diferente…
“Que o Caminho seja brando a teus pés,
o Vento sopre leve em teus ombros.
Que o Sol brilhe cálido sobre a tua face,
as chuvas caiam serenas em teus campos.
E até que eu de novo te veja,
Deus te guarde na palma da sua mão.”
(P. António Magalhães Sousa)

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