Jesus Cristo: "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas,
também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós.
Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas,
também o vosso Pai vos não perdoará as vossas"
(Mt 6, 14-15)
A sociedade civil tem as suas normas, regras e leis. O cristão é um cidadão normal que, como os outros, não está acima da lei.
A Igreja não é uma ONG como tantas vezes refere o Papa Francisco. A Igreja existe por causa de Cristo, logo o seu pastor, caminho, verdade e vida é Cristo. Digamos, a lei do cristão é Cristo.
E Cristo condenou sempre o pecado, mas nunca foi "fim de via" para o pecador que encontra n'Ele uma "ponte" para a outra margem. Que margem? A conversão, o recomeço, a vida nova.
Cristo não dá por perdida nenhuma pessoa. Cristo é sempre uma nova oportunidade para quem a procura.
No dia-a-dia das pessoas e das sociedades atuais está muito presente, é mesmo moda, a Lei de Talião (dente por dente, olho por olho". Clara regressão para o Antigo Testamento. Esta lei antiga que os hodiernos traduzem assim: "quem mas faz paga-mas" ou: "quem erra deve ser castigado"...
A Igreja não deve ir por esse caminho a que, segundo expressão do Papa, poderemos chamar de "justicialismo mundano".
A Igreja, como Povo de Deus, Família de Deus, é chamada a ser casa e escola de misericórdia, de perdão, de conversão. Claro que o perdão e a conversão passam obrigatoriamente pela restituição e reparação.
Se a Igreja envereda pelo justicialismo transforma-se em mais uma ONG e nada de nova traz ao mundo.
Que bom seria que, nesta Quaresma, a Parábola do Filho Pródigo encharcasse as nossas vivências, pensamentos e ações!
A Igreja - toda a Igreja e a Igreja toda - é chamada a viver, testemunhar e anunciar o perdão e a conversão.
Tão pouco se ouve atualmente, entre bispos, padres e leigos, o anúncio belo, libertador, primaveril do PERDÃO! Sem a vivência do perdão, ainda não chegamos ao Novo Testamento.
Não é em vão que na única oração que Jesus nos ensinou - Pai Nosso - lá esteja: "Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos."
E é ainda o Papa Francisco que refere a Misericórdia como o mais belo atributo de Deus. Deus é clemente e cheio de compaixão!
Perante muitos jornalistas e comentadores católicos do nosso tempo, S. Pedro, porque pecou negando Cristo, tinha sido destituído na hora, não seria mais Papa, teria sido corrido da Igreja. Tal é o justicialismo veterotestamentário deitam cá para fora...
Em que se distingue este grupo de jornalistas daqueles que se dizem ateus, agnósticos, maçónicos ou de outra religião?
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