domingo, 13 de novembro de 2016

O mundo sempre gira, em mutação, em alta rotação!


Neste mundo, composto  de mudança, permanece, na pessoa, a necessidade do encontro, do pouso e do repouso, da aragem e da paragem, de um toque da ternura, do sabor da comida, do olhar cruzado, do rosto beijado, do corpo abraçado, do cheiro único da pessoa, da terra, dos frutos. A pessoa humana permanece a mesma! Cada vez mais ligada às máquinas, e ao virtual, e cada vez mais carente de uma presença, de uma proximidade pessoal, de carne e osso, de lágrimas e sorrisos! Tudo passa, tudo cai; tudo se se desmorona, para dar lugar a qualquer coisa nova, mas isto mesmo permanece: a infinita sede de amar e de ser amado. O amor é o que fica de tudo o que passa! Se não houver amor, a rede social enreda em vez de unir; a imagem cega em vez de iluminar; a aplicação prende, em vez de ligar. Convém não nos iludirmos com as falsas profecias da rapidez e da facilitação, que isto de viver, de amar e de sofrer, de edificar a vida sobre um fundamento sólido, é uma história vagarosa, que dá muito trabalho, e exige muita paciência.
Gonçalo Amaro

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