D. Virgílio Antunes apresenta a temática para semana nacional que decorre entre os dias 8 e 15 de novembro e recorda que o sacerdote é um «homem chamado e escolhido de entre os outros homens»
“Olhou-os com misericórdia"
O presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios afirma na mensagem para a Semana Nacional dos Seminários que o sacerdote não é "perfeito, irrepreensível e santo", mas "alguém para quem o Senhor olhou com misericórdia".“O sacerdote, homem chamado e escolhido de entre os outros homens, é fruto do olhar misericordioso de Jesus, que quer salvar a todos. Não se trata de alguém perfeito, irrepreensível e santo, mas de alguém para quem o Senhor olhou com misericórdia, sem explicação nem motivação compreensíveis”, escreve D. Virgílio Antunes. Na mensagem enviada à Agência ECCLESIA, o responsável explica que a vocação sacerdotal só se compreende no contexto do “mistério do amor de Deus, que não se explica nem se justifica”, mas simplesmente se manifesta. Segundo o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, como a “característica fundamental do agir de Deus é a misericórdia” os seminaristas, “desejosos de conhecer o mistério da sua vocação”, devem entrar no mistério do amor de Deus “pela humanidade e por si mesmos”.“Sintam-se sinceramente pecadores e doentes como todos os outros homens, e darão infinitas graças a Deus por os eleger e chamar a partilhar a grandeza da Sua companhia”, recomenda. Na mensagem para a Semana Nacional dos Seminários, os jovens são convidados a entrar na contemplação do rosto misericordioso de Deus que “os escolhe e os chama” e a aceitarem “humildemente a sua condição de pecadores e necessitados” da misericórdia de Deus que vai manifestar-se como “fonte de perdão e de salvação”.“Muitos sentirão o apelo a andar com o Senhor e a aprender d’Ele, conhecerão a vocação a que os chama e terão alegria e coragem para a seguir fielmente”, acrescenta D. Virgílio Antunes. Para o prelado quando alguém “se deixa tocar pelo olhar misericordioso de Jesus” torna-se disponível para ficar com Ele para sempre. Neste contexto, observa que a Igreja fundada por Jesus Cristo é chamada a “dar corpo ao desejo misericordioso de Deus de salvar toda a humanidade”, em todos os tempos da história.“N’Ele há uma especial predileção pelos pobres, pelos doentes, pelos perdidos e pelos pecadores, aos quais procura incessantemente, pois quer acolhê-los com um abraço mais apertado, para que sintam a força do seu amor que reconcilia e salva”, desenvolve D. Virgílio Antunes. O também bispo da Diocese de Coimbra contextualiza que os Evangelhos apresentam um Jesus que passa pelos “mais variados lugares onde se desenvolve a vida humana” e “olha com predileção para alguns, escolhe-os e chama-os para O seguirem”.“Sem explicações que satisfaçam a sua admiração e sem argumentos que respondam às suas interrogações, mas somente porque se sentiram tocados pelo seu amor misericordioso, deixaram tudo e seguiram-n’O”, acrescenta, dando como exemplo o chamamento de São Mateus, que antes de ser discípulo era cobrador de impostos, “um homem considerado por todos como pecador”.O presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios assinalou ainda que em sintonia com a Igreja Universal deseja que o trabalho, a catequese e a oração pelas vocações sacerdotais, pelos seminários e pelos sacerdotes “nasçam” da certeza de que Deus é misericordioso com todos os seus filhos.
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