domingo, 11 de outubro de 2015

Um exemplo que vem da Missa no Lar




Como de costume, na tarde do último sábado fui celebrar Missa ao Lar da Santa Casa da Misericórdia de Tarouca.
Também como é costume, encontrei as duas ministras extraordinárias da Comunhão a preparar a celebração com a assembleia.
Conheço o processo. Estas duas senhoras preocupam-se em conhecer as leituras da Missa. Depois escolhem os cânticos de acordo com as referidas leituras. E, garanto, sempre com fina sensibilidade. Depois tiram fotocópias dos cânticos e distribuem pelas pessoas que, na assembleia, sabem ou podem ler. Tem então lugar o ensaio antes da Eucaristia. Não sem antes se preocuparem com  os leitores, as velas, as alfaias sagradas... tudo. Nota-se a empatia entre as duas senhoras e a assembleia.
Muitas vezes ouvem-se referências à Missa apenas centradas no padre. Porque fala bem ou não diz nada; porque demora muito ou é breve de mais; porque sorri ou é carrancudo; porque fala da Palavra de Deus ou é moralista; porque canta bem ou não canta; porque fala ao coração ou é teórico; porque atrai ou afasta....
Esta gente vê a Missa como um espetáculo em que o padre é (ou não é) o artista. Nada mais errado. A Missa não é um espetáculo, é uma CELEBRAÇÃO. Uma assembleia celebrante, presidida pelo ministro ordenado, louva, bendiz e aclama o seu Senhor e seu Deus.
A beleza da celebração eucarística tem muito a ver com a participação dos membros da assembleia, onde todos são chamados a ser participantes e não espetadores.
Quando cada um dá o que pode para que a celebração decorra com beleza, encanto e participação, então a Missa torna-se a festa do povo de Deus.
Aquela assembleia tão simples, maioritariamente formada por velhinhos, muitos deles em cadeiras de rodas, é  participativa, viva, bela. Graças ao trabalho dos leigos que a dinamizam e preparam a Eucaristia.
Pode ser assim em todas as igrejas e capelas por esse mundo fora. Basta que os leigos queiram exercer a sua vocação batismal.

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