Papa Francisco presidiu à primeira missa do pontificado
O Papa Francisco proferiu hoje a sua primeira homilia na missa que assinalou o final do Conclave, na Capela Sistina, com todos os cardeais que participaram na eleição que decorreu entre terça e quarta-feira.
A celebração, vista como o primeiro momento em que o Papa apresenta o seu "programa", contou em 2005 com uma homilia em latim de Bento XVI, mas Francisco optou por falar em italiano, sem qualquer texto, durante seis minutos.
O Papa Francisco proferiu hoje a sua primeira homilia na missa que assinalou o final do Conclave, na Capela Sistina, com todos os cardeais que participaram na eleição que decorreu entre terça e quarta-feira.
A celebração, vista como o primeiro momento em que o Papa apresenta o seu "programa", contou em 2005 com uma homilia em latim de Bento XVI, mas Francisco optou por falar em italiano, sem qualquer texto, durante seis minutos.
- "Esta vida é um caminho e quando paramos, as coisas não correm bem."
- Francisco admitiu que existem forças que impedem a caminhada e puxam "para trás" e que alguns querem seguir Jesus "sem a cruz".
Pelo que tenho lido e escutado, a reacção das pessoas é muito favorável e confiadamente expectante. Os gestos e palavras do Papa Francisco estão a cair bem.
Mas...
Tive o cuidado de ver alguns blogues e sites conservadores e ultra-conservadores, normalmente propícios à exaltação da figura do Papa. Nestes espaços, a prudência predomina. Este Papa começa a inquietar esta gente. E ainda bem! E então algumas palavras do Papa Francisco certamente que os deixam com as orelhas a arder, pois o Pontífice admitiu que existem forças que impedem a caminhada e puxam "para trás".
Os conservadores - e ainda mais os ultra-conservadores - gostavam de um Papa, estilo Pio XII (cujos méritos, historicamente contextuados, nem se quer me atrevo a contestar).
Mais, esta gente apreciaria mais um "Papa- Imperador" do que um "Papa-Pedro".
Oxalá que eles, como todos nós, não cessemos de quer caminhar, como belamente nos desafiou o Papa Francisco.
Mas o que mais me abanou foi a reacção de alguns (poucos) jovens. Segundo estes, o Papa é velho demais, é muito liberal e fala pouco. Destes, há quem gostasse de um Papa mais conservador, mais rígido e inflexível. E há quem assim pense e que no futuro próximo será chamado a responsabilidades na Igreja!!!
Porquê?
Será o medo da desinstalação que as palavras e os gestos do novo Papa propiciam?
Será o receio de perder privilégios?
Será o pânico de sair do alto da cadeira confortável das certezas e princípios?
Será o incómodo de caminhar com as pessoas, sujando os pés nos caminhos da História?
Será o medo de um Cristo crucificado?
Eu e o Diác. Adriano estamos contentes pela Papa que Deus ofereceu à sua Igreja. Serenos, mas saudavelmente expectantes.
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