domingo, 19 de agosto de 2012

Sempre que necessário não se coibir de ferir suscetibilidades

Conta Jean Delumeau no seu magnífico livro, «Aquilo em que acredito» que numa das visitas do Papa João Paulo II a um país da América Latina, dominado por uma ditadura sanguinária, o protocolo tinha achado por bem retirar da oração de Maria o Magnificat, que ia ser rezado no final de uma das missas onde estaria presente o ditador, os seguintes versículos: «Manifestou o poder do seu braço / E dispersou os soberbos. / Derrubou os poderosos de seus tronos / E exaltou os humildes».
Obviamente que o Papa perguntou ao chefe do protocolo o que se estava a passar para que não constasse a oração de Maria por inteiro, responderam que não queriam ferir suscetibilidades, diz-se que João Paulo II ficou triste (ou irritado, até acredito que tenha sido mais isso mesmo, irritação…) e obrigou que fossem colocados os versículos em causa e que a oração seria rezada por inteiro.
Fonte: aqui

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