Conhecemo-nos na escola onde ambos leccionámos. Ficámos bons amigos.
Presidira ao seu casamento há 33 anos. Baptizei-lhes depois os filhos.
De quando em vez aparece acompanhado da esposa. Hoje foi uma dessas vezes.
Visitámos o Centro Paroquial que apreciaram muito favoravelmente.
Continuam a ser um casal feliz e isso intui-se nos mais pequenos gestos.
Hoje falaram-me muito dos filhos, já com cursos superiores e a governar vida.
"Começámos os dois, e ficámos os dois", comentou ele com indisfarçável contentamento.
Os filhos, muito amigos e confidentes, são temperamentalmente muito diferentes. Um sempre foi muito estudioso, extrovertido e não era preciso recordar-lhe os seus deveres. O outro, mais metido em si próprio, quis frequentemente desistir dos estudos. Foi a perseverança dos pais - de vez enquando à custa de uns cachaços paternos - que o rapaz tocou os estudos para a frente.
A mãe diz mesmo que muitas e muitas vezes se sentou ao pé dele pela noite dentro para que o jovem estudasse. "Eu não percebia nada daquilo, portanto não podia ajudá-lo. Mas estava ali para lhe dar força e estímulo."
Mas afinal não será de presença, amizade, persistência, estímulo que os jovens de hoje mais precisam da parte de seus pais?
Muito mais do que fazer-lhes as vontadinhas todas. Muito mais do que de telemóveis, computadores, roupas de marca ou comidas e bebidas da moda...
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