Há coisas em que é difícil acreditar. Mas estão tão bem fundamentadas que ninguém as pode desmentir. É o caso de Glenn V.Cunningham, um grande atleta americano. Chegou a ser o corredor mais rápido do mundo na corrida de uma milha. E conquistou a medalha de prata na categoria 1500 metros, nos Jogos Olímpicos de 1936, em Berlim, para além de muitas outra provas.
Com apenas oito anos de idade, oferecera-se para acender durante o inverno a lareira que aquecia a sala de aulas.
Certa manhã, quando chegaram a professora e os meninos, a escola estava em chamas. O garoto foi retirado inconsciente do prédio. Mais morto do que vivo. Toda a parte inferior de seu corpo estava cheia de queimaduras sérias.
Na cama do hospital, pôde ouvir o médico a dizer a sua mãe que ele tinha poucas chances de viver e decerto nunca mais andaria.
Mas o corajoso rapaz tanto lutou que não só se curou como começou a mover as pernas. Certo dia, a mãe o colocou na cadeira de rodas e o levou para o quintal, para tomar sol.
Ele ficou ali, olhando a cerca, a poucos metros. Então, se jogou no chão e se arrastou pelo chão, até a cerca.
Com esforço imenso agarrou-se à cerca e levantou-se. Começou a arrastar-se, estaca após estaca, ao redor do quintal. Estava decidido a andar. Fez isso em todos os outros dias, até ter aplainado um caminho junto à cerca. Ele queria andar. E andaria. Daria vida outra vez àquelas pernas. Por fim, depois de massagens diárias e muita determinação, ele conseguiu a habilidade de ficar de pé, depois dar uns passos, embora vacilantes. Finalmente, caminhar. Depois, correr.
Começou a andar até à escola. Depois, decidiu que iria correr como os outros. Pelo simples prazer de correr.
Muitos anos depois, já na faculdade, ele entrou para a equipe de atletismo. E como ficou dito atrás muitas vezes conseguiu vencer as provas.
Este é um bom exemplo para todos os que sofrem provações, as mais inesperadas. Há que não desanimar. E lutar. Com persistência. Querer é poder. Por isso, quem luta acaba por vencer.
In O Amigo do Povo
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