terça-feira, 15 de outubro de 2024

Transcrevo porque concordo e só porque concordo

Há um sínodo?

O sínodo que está a decorrer em Roma é de uma pobreza que nem franciscana é. Ou há lá coisas muito interessantes que não saem para fora ou aquilo é de uma banalidade tremenda.

Leio as notícias na Ecclesia e fico espantado com a irrelevância de tudo. Evidentemente, não há qualquer notícia do sínodo na imprensa generalista. É uma coisa que passa completamente ao lado.

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Erros de olhar

Na sociedade, comete-se com frequência o erro que consiste em avaliar o passado com os olhos do presente.

Na Igreja, comete-se com elevada frequência o erro que consiste em avaliar o presente com os olhos do passado.

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Igreja "em saída"

Na Alemanha, 522.821 católicos abandonaram a Igreja em 2022.

Será isto a "Igreja em saída" de que fala o Papa Francisco?

Temos de sugerir ao Papa que passe a falar de "Igreja em entrada".

Fonte: aqui

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Uma Igreja que se quer sinodal, mas na mesma

Vou lendo aos poucos o Instrumentum Laboris para a segunda sessão da XVI assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos a ocorrer no próximo mês de outubro, e vou lendo também as opiniões e os comentários de alguns observadores. Não me reconheço abalizado para fazer parte deste grupo de pessoas, mas tenho as minhas opiniões, que são, acima de tudo, formas de sentir. Neste sentido, devo referir que também eu não tenho soluções fáceis ou óbvias que transformem a estrutura institucional pesada e milenar da Igreja Católica. Contudo, leio e vejo tantas palavras que me parecem só palavras, que fico algo constrangido. Tenho receio que as palavras vençam, mais uma vez, as acções, atitudes e mentalidades. Tenho receio que não se passe das palavras às práticas. Tenho receio que este sínodo sobre a sinodalidade não consiga acabar com o modelo clerical hierárquico, autoritário e patriarcal. É certo que muitos dos temas importantes não estão contidos de forma clara no Instrumentum Laboris porque foram entregues a dezasseis grupos de estudos especiais, mas, por sinal, constituídos por 74% de clérigos. Não faz sentido querer uma Igreja sinodal e manter uma Igreja clericalizada, autoritária e patriarcal. Tenho receio que este sínodo seja como muitos dos anos especiais disto e daquilo, dos sínodos dos bispos para isto e para aquilo que, depois, na prática, mantêm quase tudo igual. A Igreja não pode continuar a repetir palavras sem alma e sem vida.
Fonte: aqui

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