segunda-feira, 11 de março de 2024

O Chega vai ter 48 deputados na Assembleia da República

 

O Chega elegeu 48 deputados. A CDU, Bloco, Pan, Livre, todos juntos,  elegeram 14 deputadosQue diferença! O Chega elegeu deputados em todos os círculos eleitorais, menos Bragança.
Vejam o crescimento do Chega! Penúltima eleição, 1 deputado; última eleição, 12 deputados; atual eleição 48 deputados. 
Só não vê quem não quer. E não leva a lado nenhum bater na estafada tecla do "protesto".  Como não tem levado a lado nenhum a colagem de rótulos taxativos: fascismo, xenofobia, homofobia, mentira (estilo, diz tudo e o seu contrário), vazio ideológico e programático, populismo, agitador popular e vendedor da banha da cobra, etc. Enquanto políticos, jornalistas, comentadores ficarem só por aí, não duvidem, o Chega continuará a expandir-se.
Reparem, quando Passos Coelho apareceu no Algarve, num comício da AD, a alertar para alguns perigos relacionados com e imigração, caiu o Carmo e a Trindade" nos cadeirões dos bem instalados comentadores! Que não, que Portugal era um país seguro, que não havia problemas relacionados com os emigrantes, que era xenofobismo de chinelo, que os país precisa de emigrantes. Sabem quem ganhou no Algarve, sabem? O Chega. O problema existe, não se resolve, penso eu, com os métodos do Chega, mas é preciso encará-lo de frente. Coisa que políticos em geral, comentadores e jornalistas não têm tido a coragem de fazer.
Sabe-se que muita gente mais adulta votou no Chega para protestar contra certa realidade na qual os políticos não têm a coragem de mexer para não perderem votos. Tem a ver com aqueles cidadãos que, podendo trabalhar, não o fazem, preferindo viver de subsídios estatais.  Vivem de costas direitas, enquanto outros trabalham e pagam impostos à grande e à francesa. 
Muita gente nova, dizem, votou no Chega. É natural e compreensível o espírito rebelde e contestatário da gente moça. Ainda mais quando o desemprego atinge em força e especialmente os mais novos,  faltam professores nas escolas, as perspetivas de futuro são escuras, os empregos e ordenados estão longe do perspetivado e a emigração se impõe como saída.
Num país onde a corrupção e o compadrio também têm arraiais entre o mundo da política, que admira o protesto dos jovens e menos jovens?
Não vejo ninguém falar do assunto, mas é a minha convicção. Posso estar enganado. Seria bom, entretanto que o caso fosse analisado. Penso que o Chega é filho legítimo da extrema esquerda. Já diz o povo "quem semeia ventos, colhe tempestades".  Quando, como vendaval imparável, a extrema esquerda se atira a tudo o que são valores queridos à sociedade portuguesa, a alma popular aguarda apenas a ocasião para manifestar a sua discordância.  Casos como o aborto, a eutanásia, o casamento homossexual, a ideologia do género  são "impostos" pelo poder legislativo, com a bênção da comunicação social onde a tal extrema esquerda tem um apoio incomparavelmente maior do que a sua realidade sociológica, que admira que os cidadãos manifestem, através do voto no Chega, a sua indignação e revolta?
O aspeto  securitário não é assunto politicamente correto para vir à tona nas campanhas eleitorais. Mas é um problema que deixa marcas em quem sente a insegurança. E que marcas! Depois... lá estão os votos. 
Mais uma vez, certas tendências políticas  esquerdistas e seus aliados na comunicação social têm aqui um papel tremendo. Isto de estar sempre a atacar as entidades policiais e a  a calar e/ou defender os criminosos leva certamente ao voto no Chega.
Isto de estar sempre a meter "grãos de areia" no funcionamento das famílias conduz a uma sociedade menos solidária, mais egoísta, menos correta e mais agressiva, onde os valores vão rareando. Com fuga para o Chega...
E depois, olhemos: a justiça funciona mal e tardiamente, tornando-se injustiça. O falado e refalado Serviço Nacional de Saúde funciona ao relenti - quando funciona, - obrigando quem pode a ter um seguro  de saúde para não ser chamado para uma operação pelo serviço público depois de ter falecido...
O Chega é solução para os problemas que nos afligem como povo? Na minha opinião, não e não. Nem pensar nisso. 
Mas é preciso que forças políticas, jornais e comentadores não fiquem na superficialidade e na rotulagem. Que motivos levam mais de um milhão de portugueses a votar no Chega?  Encontrem-se as razões e atalhem-se os motivos antes que chegue a hora do Chega chegar ao governo. 
Se tal momento chegasse, acreditem que não seria nada bom para todos nós.

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