quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Finanças "atam fardos pesados e insuportáveis e colocam-nos aos ombros dos outros, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar" (Mt, 23,4)

Chegou-me ao conhecimento esta situação.
Manhã do dia 19 de setembro. Tudo havia sido antecipadamente marcado, tendo em vista a celebração da escritura no Cartório Notarial.
Todos compareceram à hora marcada. Chega então a informação frustrante: O Portal das Finanças continua a não funcionar. Deste sexta-feira última que está inoperacional. E nem se sabe quando estará operacional.
Nos responsáveis havia esta perspectiva: as Finanças vão aproveitar o fim-de-semana para pôr o seu Portal em ordem. Engano.
Só que havia pessoas envolvidas na escritura que tinham vindo expressamente do estrangeiro para este efeito. E com viagem de regresso marcada. Enquanto outros, igualmente envolvidos na escritura, tinham vindo do sul do país. 
E agora? Quem pagaria as despesas, as faltas ao trabalho, as alterações nas viagens,  a angústia, a revolta, a decepção?
As Finanças - e outros organismos  públicos - são de extraordinária exigência para com os cidadãos, mas são de um laxismo confrangedor em relação a eles mesmos. Se um cidadão não paga no dia marcado, está tramado, sujeita-se a todas as contrariedades e penalizações. As Finanças falham, "lixam" a vida de multidões de portugueses e nada assumem nem reparam. Nem um explicação! É a ditadura dos órgãos do Estado.
Falta democratizar os serviços do Estado, para que o cidadão seja devidamente respeitado.
Mas não são só os serviços públicos que, muitas vezses, desrespeitam os cidadãos. Também há empresas privadas.  Cito, por exemplo, EDP, Seguradoras, Telecomunicações, etc.
Para pagar o seguro, a seguradora envia comunicaçãos imenso tempo antes. A cobrança tem que ser no dia marcado. Mas para a seguradora cumprir a sua parte... Ui! Eternidades de tempo, faz tudo para "fugir com o rabo à seringa..."
EDP. Nunca percebi porque esta empresa não assume os estragos que causa com os cortes na luz, quando a exigência, os preços quebrados e a pontualidade na cobranças são "à inglesa".
É assim, dando razão ao povo: Há uma medida para o Estado e para os grandes e outra bem mais estreita para os cidadãos. 
Senhores políticos, comecem já a democratizar o funcionamente dos serviços do Estado e ponham os cidadãos no centro das grandes empresas.

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