Tinha 96 anos e cumpriu até ao fim o que prometera aos 21 anos de idade: dedicar a vida — “seja longa ou curta" — a servir o país.
Então o que aprecio em Isabel II?
- Após o seu falecimento, os comentadores assinalam que esta rainha pôs sempre o país à frente dos seus interesses e da sua família. Não é isto que todos queremos que aconteça com os governantes?
- Nunca deu uma entrevista e sempre preservou a sua privacidade. Como que a dizer que o importante era o bem comum para o qual reservava a sua "voz".
- Os problemas que enfrentou - como qualquer mortal - nunca a afastaram da sua tarefa de magistrada suprema da nação. Ela chegou a referir-se a 1992 como o seu "annus horribilis", tantos os problemas familiares que a afectaram nesse ano.
- Embora não seja a minha opinião pessoal, compreendo a sua decisão de permanecer até ao fim em funções. Foi o que prometeu aos 21 anos, foi o que cumpriu até à morte. Pessoalmente entendo que até aos setentas, somos nós que mandamos; a partir dos setentas, quem manda é a idade. Há tempo para tudo. Tempo para o trabalho e tempo para a reforma; tempo para estar à frente e tempo para apoiar na retaguarda.
- Era uma pessoa de fé profunda, que não escondia ou tinha vergonha da sua fé. “Foi nas suas mensagens à nação que assistimos de forma crescente ao testemunho público da sua fé cristã. Fazia-o com naturalidade e elegância, sem imposição, prestando também nisso um serviço”, explica o padre Peter Stilwell.
- O respeiro e carinho do seu povo, manifestados em vida e após a morte, que a rainha sempre soube conquistar e manter com o seu aprumo, dedicação, competência e espírito de serviço à causa pública.
- Se olharmos bem para a Europa, praticamente todas as nações que estão na linha da frente do bem-estar e do progesso social vivem em regime monárquico. Claro que também há repúblicas - sendo republicano, digo-o com satisfação - que vivem em avançado estado de desenvolvimento.
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