quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Igreja clericalizada

No ocidente está a diminuir o número de padres, mas não está a diminuir o clericalismo. O fenómeno torna-se ainda mais paradoxal, porque se vai acentuando a idade avançada de maioria dos padres e uma parte considerável das novas gerações de padres agarram-se ao ministério de modo fortemente clericalizado. Já há quem estude o fenómeno dos chamados ‘padres novos’ como um grupo nascente de padres que se agarram ao culto como essência do ministério sacerdotal.
Também a vida eclesial está fortemente clericalizada. Nas paróquias ainda gira tudo, ou quase tudo, em redor do padre, como ‘senhor’ do administrativo, do pastoral, do formativo e do cultual. Ele é o faz tudo. Ou de quem se espera tudo. De tal modo que quando as pessoas falam da Igreja – geralmente mal - estão a referir-se ao padre. O Papa Francisco, com o motu próprio Spiritus Domini, admitiu a possibilidade de as mulheres acederem ao acolitado e leitorado, e com o Antiquum ministerium, introduziu o ministério do catequista. Estamos em cima de um sínodo sobre a sinodalidade. Mas o caminho é longo até deixarmos de ser uma Igreja clericalizada!
Fonte: aqui

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