Já temos ouvido falar em “sinodalidade”. Se Deus quiser, ouviremos muito mais, pois o Santo Padre convocou um Sínodo sobre este tema e quis que se desenvolvesse numa dupla dimensão: uma ampla escuta e consulta em todo o mundo, porventura até em âmbitos que não se identificam com a Igreja; e um posterior encontro, em Roma, dos representantes das Igrejas locais.
O Papa Francisco já definiu a sinodalidade como “o caminho da Igreja que Deus espera no terceiro milénio”. E os teólogos acentuam alguns dados que começam a fazer mentalidade eclesial: que esta é uma dimensão constitutiva da Igreja e não uma moda ou um apêndice; que se há de tornar vida ou estilo habitual de entender, participar, atuar e anunciar a comunidade da fé; que é critério para passar de uma lógica piramidal (bispos e padres) a uma da necessidade recíproca entre ministros ordenados e fiéis leigos; enfim, que é, porventura, o acontecimento mais determinante para a receção do Concílio Vaticano II (1962 a 1965), o grande marco recente para a refontalização/atualização (o célebre “aggiornamento”, do Papa S. João XXIII) que os tempos e as circunstâncias impõem à Igreja.
(D. Manuel Linda)
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