A generalidade dos baptizados que fazemos são pedidos por e para gente sem fé. Os casamentos igual. A catequese da infância e adolescência está estruturada como se os seus destinatários fossem pessoas com fé. Promovemos acções pastorais e eventos religiosos para pessoas que não têm fé e que apenas vão precisando da Igreja para necessidades pessoais ligadas a sacramentos, festas e funerais como eventos sócio-culturais arreigados. Gastamo-nos numa acção eclesial para gente sem fé, convencidos de que têm fé. Ou pelo menos estruturamos e executamos a nossa acção pastoral e cultual como se fosse para pessoas com fé. E as consequências estão à vista. Os agentes pastorais, a começar pelos sacerdotes, desgastam-se a fazer actividades inconsequentes e que, em muitas ocasiões, fomentam problemas e conflitos que doem a quem se dedica com zelo e que, às vezes, ainda afastam mais do encontro com Cristo.
Uma Igreja constituída maioritariamente por gente sem fé que se agrega, mais ou menos, a ela como instituição sócio-cultural não tem futuro. E se a nossa Igreja, que queremos mais missionária, não se focar especialmente no primeiro anúncio, essa experiência de encontro com Cristo que leva à conversão, será, dentro em breve, uma Igreja mais vazia ainda. Vazia sobretudo da fé.
Fonte: aqui
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