quarta-feira, 10 de março de 2021

Os oito anos de pontificado de Francisco, que se completam a 13 de março

 


O bispo do Porto disse hoje à Agência ECCLESIA que os oito anos de pontificado de Francisco, que se completam a 13 de março, representam uma renovação “imparável” da Igreja Católica.

“É evidente. Não quer dizer que o Papa que vem a seguir o vá copiar, sem mais nem menos, que toda a Igreja corresponda aos seus anseios, mas há toda uma cultura que está a ser construída”, destaca D. Manuel Linda.

O responsável elogia um pontificado em que “a cultura do diálogo, da saída, da missão, do cuidado, do não autoritarismo da parte da Igreja” estiveram patentes.

O bispo do Porto admite que “há muita reação contra” o Papa Francisco de grupos “minoritários” face ao panorama geral das comunidades católicas.

“Têm muito poder, porque dominam alguma comunicação social, mandam muitas cartas, fazem muitos comunicados e porque têm nomes sonantes, mas são ridiculamente minoritários. O Povo de Deus não é isso”, realça D. Manuel Linda.

Para o responsável português, várias das novidades propostas por Francisco estavam presentes “no espírito e na letra” do Concílio Vaticano II (1962-1965), mas “uma coisa é a reflexão teológica e outra coisa é a sua atuação concreta”.

“Este Papa ajudou-nos na atuação concreta”, precisa.

Projetando o futuro, D. Manuel Linda considera que o modo de agir da própria Igreja “vai ser diferente”, procurando adaptar-se às circunstâncias.

“Nunca mais haverá uma paróquia fornecedora de serviços, em que as estruturas paroquiais estão lá à espera que alguém bata à porta”, exemplificou.

O bispo do Porto sustenta que cada paróquia tem de “ser dinâmica, missionária” e “ir ao encontro das pessoas”.

Em relação às Igrejas vazias, essencialmente na Europa, o responsável sublinha que “a Igreja não é só a Europa”, mesmo que “os grandes esquemas do Cristianismo ainda estejam numa mentalidade europeia”, realçando que esse “centralismo” tem tendência a desaparecer.

O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta e o primeiro sul-americano, na história da Igreja.

In Agência Ecclesia

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