A cama de um doente é uma universidade de vida, onde sempre se recebe
mais do que aquilo que se dá. Mesmo quando não conseguem balbuciar
palavras ou o fazem de forma quase impercetível.
Naquelas "aulas" passa a voz dorida, sentida, vivida da existência.
Emana a serenidade, a calma cósmica de quem entende a vida à luz da fé e
vê para além do humanamente entendível. Perpassa a cosmovisão da
sociedade que somos e para quem, tantas vezes, o doente e o idoso são
descartáveis porque não rendem, não podem alinhar em farras e festas,
não podem ajudar... Sente-se a solidão humana, o abandono, o
esquecimento. Experimenta-se o carinho familiar e os desvelo de tanta
gente que cuida, para além dos limites, dos seus doentes. Presencia-se o
cuidado de instituições pelas pessoas que acolhem. Sente-se a alma a
retalhar-se perante o fracionamento da vida familiar onde muita coisa
serve de desculpa para a não presença, o descuido, o egoísmo de tantos
diante do sofrimento de um familiar.
Não quero, caro amigo(a) deixar de lhe fazer um pedido:
"Durante o ano, visite doentes pela sua saúde!"
Ganhará muito, deixando alguém mais feliz.
Saiba ouvir mais do que falar.
Não leve para junto de um doente queixumes pessoais. Dores já eles têm.
Saiba transmitir uma palavra de boa disposição, procurando fazer rir quem sofre.
Neste Ano Santo da Misericórdia, ao visitar um doente faça-o com coração
misericordioso, recordando as Obras de Misericórdia que dizem:
- Visitar os enfermos
- Consolar os tristes
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