É um casal novo. Tem os problemas inerentes a todos os casais da mesma idade que não nasceram em "berço de ouro". A corda da vida é subida a pulso.
Há dias, este casal procurou-me. Vinha trazer uma oferta para "o menino", como referiu. Ah! O "menino" é o Centro Paroquial.
- Sabe - disse ela, perante o claro sinal de assentimento do marido - aquela obra é de todos nós. É para nós e nossos filhos, netos e bisnetos. Eu e meu marido pensámos na maneira de ajudar. A vida está difícil para todos como o senhor sabe, mas, graças a Deus, lá temos tenteado o barco. Então resolvemos prescindir de algumas coisas e assim podermos dar uma ajudinha para o nosso "menino" comilão.
Para um casal novo, a oferta foi bem generosa.
No meio de tanta preocupação stressante com a obra, a atitude deste casal foi bálsamo reconfortante. Valeu tanto a generosidade como o gosto, empenho e interesse demonstrados. Muito obrigado.
E tantos outros casais novos que ainda nada deram?
Um gesto parecido com o deste casal só os engrandecia. Afinal só temos o que damos.
Não seria possível prescindir de algumas coisas para colaborar numa obra que é de todos e para todos?
Estes casais já pensaram nos filhos, netos e bisnetos?
Já descobriram que a generosidade é um dos valores a transmitir aos filhos?
Que direito temos a reclamar sempre se a generosidade fica à porta da nossa vida?
Está mesmo na hora...
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