Esta celebração tem por objectivo suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições. E hoje já começam a estar à vista de todos os efeitos nefastos da falta de políticas que ajudem as famílias a gerar e sustentar vidas. Os nossos governantes, sob a capa de modernismo, têm vindo a descurar o valor sagrado e inviolável da vida humana. O diagnóstico há muito que está feito, mas o problema demográfico que atinge o país começa agora a ter contornos preocupantes. Por um lado, subiu a esperança de vida, mas muitos idosos são abandonados e vivem numa solidão desumana e indigna de toda a pessoa. Por outro, a baixa natalidade, tendência de décadas, está agora a ser agravada pela crescente emigração, principalmente de jovens em idade de procriação. Sem jovens e sem casais jovens não temos crianças. E sem crianças não temos futuro! O cuidado dos idosos e o saudável convívio entre gerações torna-se cada vez mais pobre. Neste ritmo, caminhamos para uma situação insustentável…
Para inverter esta lógica é urgente uma política de protecção às famílias e à vida, capaz de criar condições concretas para que os casais tenham mais filhos e possam cuidar mais uns dos outros. É indispensável um diálogo mais próximo entre gerações, numa cultura de encontro e partilha, para valorizar a vida em todas as suas fases: desde a concepção ao nascimento, passando pela educação e pelo apoio recíproco permanente em cada dia.
In O Amigo do Povo
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.