- Surgem apelos ao aumento da poupança dos portugueses. Não da parte do Governo, cuja visão idílica da nossa situação económico-financeira tem estimulado o consumismo.
- Em 1972 a poupança bruta das famílias portuguesas andava pelos 20% do PIB. Em 2007 estava reduzida a 5%. No entanto, em média, as famílias eram mais ricas em 2007 do que 35 anos antes.
- Portugal é hoje o quarto país do Mundo com mais automóveis por cem habitantes.
- Não se pode pedir poupança a quem vive abaixo do limiar da pobreza – agora mais de um quinto dos portugueses.
- O problema está numa larga parte da classe média, sobretudo aquelas famílias que só há pouco ascenderam a esse estatuto social. Muitos passaram a gastar para manterem um nível de vida que os distinguia da antiga pobreza. Quando os seus rendimentos deixaram de cobrir essas despesas – algumas socialmente simbólicas, como ter carro ou passar férias no estrangeiro – alguns recorreram ao crédito, endividando-se dramaticamente para não mudarem de vida.
- Segundo um estudo da Deco do final de 2008, apenas um em cada três portugueses poupava para a sua reforma – uma proporção inferior à registada em Espanha, na Itália ou na Bélgica.
- Por outro lado, há que tornar a poupança mais atractiva, remunerando-a melhor. É o que os bancos já estão a fazer, por necessidade...
- Durante tempo demais o Estado português desprezou a poupança nacional, tornando agora aflitiva a dívida ao estrangeiro.
Veja aqui esta importante reflexão de Francisco Sarsfield Cabral
Subscrevo a 100% o se comentário. É realmente impossivel pra a maioria dos portugueses poupar o que quer que seja quando lhes falta tudo.
ResponderEliminarOs que podem poupar, concerteza preferem outros paraísos fiscais para pôr as suas poupanças. Sim porque muitos têm grandes contas fora de Portugal. Terão pensado na crise que se aproximava!!!!