O que sempre marcou Jesus com os outros foi a largueza de horizontes.
O que sempre demarcou Jesus em ralação a outros foi a misericórdia, a tolerância, a compaixão.
Ele não condenou quem pecava, franqueou as portas do paraíso a um ladrão e deu a comunhão a quem O entregou.
Severo foi apenas (mas de modo muito contundente) para com a hipocrisia, a duplicidade.
Não me repugna que se dê a comunhão a Robert Mugabe, que tem perseguido e eliminado muitos dos seus concidadãos.
Afinal, todos precisam de um reencontro com a verdade da existência e de um estímulo para que se tornem outros.
Mas penso em tantos a quem a comunhão é negada porque (tantas vezes, no meio de dramas de consciência) tomaram determinadas opções na sua vida pessoal.
Apesar disso, são incapazes de fazer mal seja a quem for. E esmeram-se na prática do bem, na promoção da justiça e na vivência do amor pela partilha com os mais desfavorecidos.
Jeus foi assertivo na Sua mensagem. Mas nunca estigmatizou ninguém. O Seu coração rasgava-Se para todos.
É importante que a largueza se manifeste diante de ditadores como Mugabe. Andrés Torres Queiruga, para escândalo de alguns, disse há dias que Deus não condena ninguém. Nem Hitler.
É fundamental que o coração da Igreja de Jesus seja magnânimo como foi o coração de Jesus.
E se oferece o corpo de Jesus a quem, publicamente, semeia a morte, como negá-lo a quem melhor quer crescer na vida?
Fonte: aqui
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