sexta-feira, 13 de maio de 2011

A COMUNHÃO A MUGABE

O que sempre marcou Jesus com os outros foi a largueza de horizontes.

O que sempre demarcou Jesus em ralação a outros foi a misericórdia, a tolerância, a compaixão.

Ele não condenou quem pecava, franqueou as portas do paraíso a um ladrão e deu a comunhão a quem O entregou.

Severo foi apenas (mas de modo muito contundente) para com a hipocrisia, a duplicidade.

Não me repugna que se dê a comunhão a Robert Mugabe, que tem perseguido e eliminado muitos dos seus concidadãos.

Afinal, todos precisam de um reencontro com a verdade da existência e de um estímulo para que se tornem outros.

Mas penso em tantos a quem a comunhão é negada porque (tantas vezes, no meio de dramas de consciência) tomaram determinadas opções na sua vida pessoal.

Apesar disso, são incapazes de fazer mal seja a quem for. E esmeram-se na prática do bem, na promoção da justiça e na vivência do amor pela partilha com os mais desfavorecidos.

Jeus foi assertivo na Sua mensagem. Mas nunca estigmatizou ninguém. O Seu coração rasgava-Se para todos.

É importante que a largueza se manifeste diante de ditadores como Mugabe. Andrés Torres Queiruga, para escândalo de alguns, disse há dias que Deus não condena ninguém. Nem Hitler.

É fundamental que o coração da Igreja de Jesus seja magnânimo como foi o coração de Jesus.

E se oferece o corpo de Jesus a quem, publicamente, semeia a morte, como negá-lo a quem melhor quer crescer na vida?
Fonte: aqui

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