A economia portuguesa entrou oficialmente em recessão, depois de uma contração de 0,7% no primeiro trimestre de 2011, maior do que a prevista, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
No trimestre anterior a economia portuguesa registrou contração de 0,6%.
O novo retrocesso havia sido previsto pelos economistas, como consequência dos efeitos das novas medidas de austeridade implementadas em janeiro (redução de salários e aumento do IVA, em particular) para tentar reduzir o déficit público, que chegou a 9,1% ano passado e a 10% em 2009.
Os resultados, ainda provisórios, são piores que o previsto pelos analistas, que projetavam uma contração limitada a 0,3% no primeiro trimestre ou até mesmo um crescimento zero.
O retorno à recessão, da qual Portugal havia saído no fim de 2009, aconteceu antes mesmo da aplicação das novas medidas de rigor previstas em contrapartida à ajuda financeira de 78 bilhões de euros, negociada no início do mês entre o governo socialista interino, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O programa de austeridade exigido em troca do empréstimo por três anos, que os ministros europeus das Finanças devem aprovar na segunda-feira, pode provocar uma contração da economia de 2% em 2011 e em 2012, afirmou no início de maio o ministro português da Economia, Fernando Teixeira dos Santos, antes da retomada do cresciment em 2013.
Nesta sexta-feira, a Comissão Europeia publicou uma previsão de retrocesso de 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2011 e de 1,8% em 2012.
Segundo dados provisórios do INE, nos três primeiros meses do ano, o PIB retrocedeu 0,7% tanto em ritmo mensal como anual.
"Esta baixa reflete a queda acentuada da demanda interna, em consequência da redução do consumo, e, em menor medida, do investimento", afirma um comunicado do INE, que destaca, no entanto, a contribuição das exportações, que registraral aumento de 17% no trimestre.
O INE revisou a queda do PIB registrada no quarto trimestre de 2010, que passou a 0,6%, ao invés dos 0,3% anunciados previamente.
Para o conjunto de 2010, a taxa de crescimento caiu de 1,4% a 1,3%.
Fonte: aqui
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