terça-feira, 7 de setembro de 2010

D. Amélia

SINOPSE:
Uma rainha não foge, não vira costas ao seu destino, ao seu país.
D. Amélia de Orleãs e Bragança era uma mulher marcada pela tragédia quando embarcou, em Outubro de 1910, na Ericeira rumo ao exílio. Essa palavra maldita que tinha marcado a sua família e a sua infância. O povo acolheu-a com vivas, anos antes, quando chegou a Lisboa. Admirou a sua beleza, comentou como era alta e ficou encantado com o casamento de amor a que assistiu na Igreja de São Domingos. A princesa sentia-se uma mulher feliz.
Mas cedo começou a sentir o peso da tragédia. O povo que a aclamou agora criticava os seus gestos, mesmo quando eram em prol dos mais desfavorecidos. O marido, aos poucos, afastava-se do seu coração, descobriu-lhe traições e fraquezas e nem o amor dos seus dois filhos conseguiu mitigar a dor. Nos dias mais tristes passava os dedos pelo colar de pérolas que D. Carlos lhe oferecera, 671 pérolas, cada uma símbolo dos momentos felizes que teimava em não esquecer.
Isabel Stilwell, autora best-seller de romances históricos, traz-nos a história da última rainha de Portugal. D. Amélia viveu durante 24 anos num país que amou como seu, apesar de nele ter deixado enterrados uma filha prematura que morreu à nascença, o seu primogénito D. Luís Filipe, herdeiro do trono, e o marido D. Carlos assassinados ao pleno Terreiro do Paço a tiro de carabina e pistola. De nada lhe valeu o ramo de rosas que tinha na mão e com o qual tentou afastar o assassino. Outras mortes a perseguiriam...
D. Amélia regressou em 1945 a convite de António de Oliveira Salazar com quem mantinha correspondência e por quem tinha uma declarada admiração. Morreu seis anos depois em França, seu país natal, na cama que Columbano havia pintado para ela. Na cabeceira estavam desenhadas as armas dos Bragança.
Fonte: aqui

Nota:
Li com gosto as 554 páginas deste romance que os meus sobrinhos me haviam oferecido em férias, sabendo como aprecio romances históricos.
Entre a agonia da Monarquia e o nascimento da República, este romance retrata de forma viva a situação. E quem lê a obra fica com esta impressão: quem, especialmente, acabou com a Monarquia foram os monárquicos.
As divisões, as querelas constantes, a ânsia de protagonismo , o afastamento do sentir popular, o laxismo, o snobismo, a intriga permanente, a corrupção, a conspiração, o oportunismo marcaram o fim dos tempos monárquicos, abrindo auto-estradas ao republicanismo.

2 comentários:

  1. Gostei da sugestão :)
    Retribuo com outro romance histórico muito cativante: A Vida Num Sopro de José Rodrigues dos Santos! ;)

    Beijinho sereno
    Ana Patrícia

    ResponderEliminar
  2. Ana Patrícia:
    Obrigado pela sugestão. Logo que possível lerei o livro sugerido.
    Beijinho
    Carlos

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.