O escritor português José Saramago morreu esta sexta-feira, aos 87 anos em Lanzarote, onde residia há vários anos. O escritor estava doente e há várias semanas que não saía de casa.
O prémio Nobel da Literatura, José Saramago, laureado com o Nobel em 1998, sofria de graves problemas respiratórios.
‘Caim' foi o último livro de Saramago a ser lançado. Entre outros, recordamos obras suas como Evangelho Segundo Jesus Cristo ou Memorial do Convento.
Nunca fui um fã de Saramago, de muitas das suas ideias, nem da sua obra. Isto não me impede de dizer que, no pouco que houve de genialidade em português e em Portugal no Século XX, ele foi um dos maiores! Como português que sou, fico-lhe grato.
Atolados no meio de uma incompetência endémica, no meio da miséria de propósitos , da inépcia, que se estende da política ao futebol, passa pela economia e pela incapacidade de nos recuperarmos como Povo, como País, como projecto relevante para o Mundo de hoje, em que países desaparecem no mapa Europeu e onde Portugal se encaixa com perspectiva, cada vez maior, de transitoriedade.
Em Saramago e nuns poucos escritores portugueses actuais que fazem juz à excelência, resiste a esperança na preservação da língua de Camões, como património de muitos milhões no planeta Terra, num testemunho do que pode ainda ser a genialidade "made in Portugal". Por isso, o seu maior legado seja de que ainda possa haver esperanças para Portugal!
Pêsames à família!
Veja aqui o comunicado do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura a respeito da morte de Saramago.
Com todo o respeito pela sua opinião, Sr. Padre Carlos, permita-me que expresse a minha, que acabei de deixar também no blogue do Sr. Padre João ("Na paz a Verdade").
ResponderEliminarSaramago era ácido e vingativo. Talvez o Sr. Padre Carlos desconheça um episódio marcante da actividade política do escritor: ajudou a sanear, quando director do DN, no imediato do 25 A, colegas de profissão, só porque não perfilhavam as suas ideias comunistas. Atirou, assim, para o desemprego, pessoas que eram o único sustento das suas famílias. E isso causou-lhe algum problema de consciência? Claro que não.
Quanto ao prémio Nobel, tem mais que se lhe diga... Sabe-se que foi o lóbi comunista que lhe preparou o prémio. Aliás, de há 20 ou 30 anos a esta parte que o dito prémio não merece a mínima confiança, pois está politizado, e deixou de ter qualquer credibilidade.
A sua sanha contra a Igreja (e o clero?) fica bem expressa nalgumas obras cujos títulos quase todos conhecem, porque a máquina propangadística disso se encarregou, embora duvide que muitos (a não ser os indefectíveis admiradores) as tenham lido de fio a pavio.
Saramago quis discorrer sobre assuntos religiosos sem perceber nada ou quase nada do assunto. Penso que o que o movia não era um honesto interesse intelectual, mas apenas ocasião de zurzir contra os livros sagrados e o próprio Deus. Por isso, não o posso qualificar sequer como ateu. A sua atitude é mais baixa, mais grosseira. A sua última (?) incursão no domínio da profanação do sagrado (o conto ou novela?), "Caim", é um autêntico nojo. Perpassei os olhos por 2 ou 3 folhas, e o que li deu-me vómitos... e vontade de apostrofar o autor, por escrever coisas tão abjectas e miseráveis!
Creio que Saramago ainda terá causado maiores estragos, ao incutir a mentira e a confusão em espíritos débeis que se terão deixado envolver pelas suas ideias perversas.
As suas "qualidades" de escritor nunca me seduziram. Sou incapaz de ler aqueles amontoados de escrita, sem sintaxe estruturada. Problema meu, de ignorância, decerto.
Nunca percebi por que razão os grandes mestres da literatura portuguesa, Miguel Torga, Vergílio Ferreira, Agustina Bessa-Luís, Jorge de Sena... foram substituídos, nos programas escolares, por Saramago... Será que as luminárias da Educação se renderam aos encantos da escrita "moderna" do Nobel...?
Enfim, mais um "bluff" que ainda vão transformar em gigante da literatura portuguesa...!
Como católico, peço por Saramago, como por qualquer alma que já deixou este mundo: que Deus lhe perdoe os pecados que cometeu e, na Sua infinita misericórdia, lhe dê o eterno descanso.