- Põem em causa o celibato sacerdotal. - 9%
- Questionam a formação dos candidatos ao sacerdócio. - 14%
- Afectam irremediavelmente a Igreja. - 28%
- A Igreja deve pedir perdão e cuidar das vítimas. -38%
- Os adversários servem-se desta situação para atacar a Igreja. -19%
- Embora monstruosa, a pedofilia dos elementos ligados à Igreja é ínfima em relação aos demais casos de pedofilia. -- 19%
- A Igreja vai sair desta crise, pela conversão mais profunda a Jesus Cristo. - 38%
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Nada nos deve fazer perder a imensidão. Nenhum fundamentalismo tem o direito de nos usurpar o todo, fixando-nos na parte.
Luzes e sombras atingem cada pessoa, cada instituição. Nem deixar de ver a sombra, porque a luz nos encandeia; nem deixar de descobrir a luz, porque a sobra nos cega.
Penso que o livro bíblico "Actos dos Apóstolos" poderia ser, neste aspecto, objecto de sério estudo nas escolas de jornalismo.
Aquela crónica - não em sentido moderno do termo, claro - que nos relata a vida do cristianismo nascente, oferece-nos um relato globalizante do fenómeno humano.
Os Actos dos Apóstolos não escondem problemas, abandonos, traições, discussões. Mas também não deixam de apresentar alegrias, conquistas, entreajudas, solidariedades, espírito empreendedor, ideais, valores, testemunhas fiéis e coerentes. Enfim, oferecem-nos também o lado bom e belo do homem.
E o homem tem direito à verdade total!!!
Muito do jornalismo actual, tendo em contas as audiências que sustentam os vários meios de comunicação, oferece em bandeja de ouro escândalos, baixezas, crimes, superficialidades e futilidades. Mas deixa tantas vezes no baú do esquecimento actos heróicos, vidas doadas, serviços oferecidos, compromissos assumidos, valores vividos, felicidades partilhadas, alegrias serenas.
Aqui não podemos iludir a responsabilidade do público, sempre muito mais ávido de escândalos do que do são e belo da vida. Tendo em vista as audiências, a comunicação social oferece aquilo de que o público gosta. Se os consumidores dessem mais importância ao que de bom e de belo se passa no mundo, a comunicação social era obrigada a ter isto em conta.
No caso concreto da Igreja, esta aparece na comunicação social, maioritariamente, por causa de escândalos vários. Mas que a Igreja se reduz a um inferno de escândalos???
- Só em 2009, trinta sacerdotes morreram ao serviço da Igreja.
- João Paulo II disse que nenhum século viu nascer tanto mártir como o séc. XX.
- Veja aqui o testemunho fantástico de fidelidade a Cristo e de amor empenhado ao próximo de um jovem sacerdote da 2ª metade do século XX.
- Veja aqui esta carta que relata histórias de sacerdotes que entregam as suas vidas até limites inimagináveis, mas...«não são notícia».
- A maioria dos sacerdotes dão a sua própria vida pelos outros, ao serviço do bem comum, ajudando os mais pobres e desfavorecidos, promovendo a educação e o desenvolvimento integral das pessoas.
Mas a Igreja não tem fraquezas e pecados? Infelizmente. E assume-o ao proclamar-se "santa e pecadora". Santa em Cristo, pecadora nos seus membros. E deve assumir as suas falhas. Com humildade. Com sentido de conversão.
Mas também sobre a Igreja temos o direito à verdade TODA! Ficar só pelas sombras, é querer permanecer cego.
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