Eleições no Reino Unido. Nenhum partido obteve maioria absloluta.
Honrando a mais genuína tradição britânica, o até agora primeiro-ministro, Gordon Brown, mostrou ser um verdadeiro gentlemann.
Apesar de os resultados eleitorais lhe darem a primazia de formar governo (sem maioria absoluta, é o primeiro-ministro cessante que deve tomar tal iniciativa), já veio a público convidar David Cameron, líder do Partido Conservador, a tentar uma solução.
Só essa solução falhar, é que ele avançará.
Sucede que os liberais-democratas, pela voz de Nick Clegg, já deram a entender preferir uma coligação com os conservadores.
Não deixa de ser curioso que, em função do sistema eleitoral do Reino Unido (círculos uninominais), a pequena diferença de votos entre trabalhistas (29%) e liberais-democratas (23%) traduz-se numa enorme diferença de deputados: 258-53.
E assim tudo se conjuga para que o impasse esteja em vias de superação. Tudo isto um dia apenas após as eleições.
Dir-se-ia que se trata de uma pontualidade autenticamente britânica!
Fonte: http://theosfera.blogs.sapo.pt/
Na mais antiga democracia do mundo, as coisas funcionam. Sem delongas nem demoras. Há respeito pelos eleitores e os eleitos sabem colocar os interesses da população acima das intrigas partidárias.
Não seria de propor aos nossos políticos um estágio junto dos políticos britânicos? Penso que não teriam a perder nada, a não ser que lhes falte abertura de espírito...
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