Uma mãe ainda nova. Três crianças órfãs! Os dois mais novos, gémeos, com 5 anos.
Ambiente de profunda consternação. Pelos rostos das muitas pessoas presentes passava uma sombra profunda de dor.
Ninguém fica indiferente a uma situação destas. Por isso, também precisei de fazer um esforço suplementar para estar o mais calmo possível.
Sublinho o esforço feito pela assembleia para que a Eucaristia decorresse com serenidade e elevação.
Depois, na despedida, como pinceladas fortes de um quadro dramático, fica a imagem daquela mãe a despedir-se da filha. Nunca vi tanto sofrimento numa pessoa só! Indizível. Fica igualmente o choro convulso, intenso, profundo do marido e dos irmãos. Fica a dor espontaneamente manifestada daquele grupinho de jovens que estava junto do altar. Ficam as lágrimas a luzir em tantos rostos...
Frente à fúria da morte, qual mar tenebroso, ergue-se uma cruz a indicar o sentido e a vitória.
A Belarmina não morreu, regressou ao Pai; não está longe das suas crianças, porque no amor de Deus, é agora mais presente do nunca.
À família, numerosa, aos muitos amigos e a toda a comunidade cabe agora um nobre serviço. Ajudar estas crianças a crescer. Os pequenitos têm esse direito. Já sofreram demais com este choque. Que nunca lhes deixemos faltar o carinho, a ajuda, a presença e o encantamento.
Na Mão de Deus, uma mão invisível as guiará: a da sua mãezinha!
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