sábado, 8 de maio de 2010

Muita religião, mas pouca fé?


"Ide aprender, diz o Senhor, o que significa:
'Prefiro a misericórdia ao sacrifício." – Jesus

Peregrinos dirigem-se ao Santuário em longas e penosas caminhadas a pé, arrastam-se pelo recinto de joelhos e acendem velas e mais velas…
SERÁ ISTO QUE NOSSA SENHORA QUER? FOI ISTO QUE ELA PEDIU?

É que vimos e conhecemos, não podemos ignorar.
Pessoas que caminham sofredoramente durante tantos dias até Fátima e depois, nas suas comunidades, são uma constante ausência. Em todos os aspectos.
Pessoas que se imolam até ao sangue da Cruz Alta até à Capelinha e depois, no referendo sobre o aborto, são capazes de votar “sim” ou de se abster.
Pessoas que acendem velas e mais velas e depois no dia-a-dia não são luz, nem sal, nem fermento evangélicos para os irmãos…

2 comentários:

  1. Não será esta a actual situação da maioria dos católicos? Será que lhes devo mesmo chamar católicos?
    Hoje em dia é quase tudo assim...são enúmeras as pessoas que fazem tudo e mais alguma coisa em nome da fé e faltam ao esssencial de Cristo que é a vivência humilde, a genorosidade, a eucaristía, a participação activa na vida da Igreja.
    É por isso que hoje em dia me custa bastante ouvir o coro de críticas à Igreja, pois paga o justo pelo pecador...Além do mais quem não tem defeitos??A Igreja também tem os seus e vai continuar a ter. O que me custa é que a Igreja não se torne mais activa, não seja mais participativa e raramente exprima a sua opinião acerca dos temas que caracterizam a sociedade actual.
    A Igreja deveria ter a atitude de Cristo e ser directa nas coisas, sem falsos moralismos, sem nunca tentar ocultar certas e determinadas coisas...
    Mas uma coisa é certa, se a Igreja não funciona a 100% é também por culpa dos seus membros, que nem sempre têm a coragem de assumir a sua condição de católicos...é o que acontece com estas idas a fátima...

    ResponderEliminar
  2. Boa tarde, amigo Fábio!
    Obrigado pela tua presença e pela tua reflexão. Interpelante, directa, sentida. À Fábio.
    De facto a Igreja carrega nas suas rugas os pecados dos seus membros. DE todos: bispos, padres, religiosos e leigos.
    Só a santidade é operação plástica que restituià Igreja a beleza da origem.
    A Igreja da origem era profética: "Não podemos deixar de falar no nome de Jesus Cristo"; era solidária: "Não havia entre eles necessitados"; era simples e alegre; era celebrantemente assídua à Fracção do Pão (Eucaristia) e à oração. Era anunciadora e missionária: "Todos davam com entusiasmo testemunho da ressurreição do Senhor"; era unida na caridade e na verdade - Pedro e Paulo, colunas da Igreja nem sequer ocultavam as suas diferenças - mas jamais a diferença suscitou a divisãp, antes enriqueceu a unidade.
    Não será, caro Fábio, este o espelho a que terá que se ver a Igreja do séc. XXI?
    Um abraço e boa semana para ti.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.