Nasceram depois de 1970. São prepotentes, arrogantes, encantados consigo mesmos. Estão a ser educados para a auto-estima. E formam a geração eu.
Eis, em síntese, o retrato que Jean Twenge, professora universitária, faz dos jovens e dos adultos jovens da actualidade.
A pulsão para o individualismo sempre esteve alojada no fundo do ser humano. Gilles Lipovetsky já tinha advertido, há vinte anos, que estávamos a atravessar «a segunda revolução individualista».
Só que a tendência para o egocentrismo não tem parado de crescer. Estamos mesmo a sentir a hipertrofia do eu.
A linguagem quotidiana é reveladora. «Quero ser feliz; quero sentir-me realizado; quero encontrar-me a mim mesmo».
As pessoas estão demasiado concentradas em si mesmas. O hábito já é tal que nem nos apercebemos da mudança. Veja-se o que vendem as revistas que falam das chamadas personalidades ou o tempo que se dedica a adornos e a futilidades.
O problema é que esta geração (do eu, do mim e do migo) pende para o egoísmo por razões altruístas. Foi o altruísmo das gerações anteriores que encaminhou tudo para que à geração seguinte nada faltasse.
Mas parece que quanto mais têm, mais querem ter. A sede de ter é insaciável. Há sempre vontade de mais. De mais ter. Apenas. É pena.
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Perguntas...
1. Ao ler este belo texto do Doutor João António Pinheiro, algumas inquietações me percorrem a medula.- O egoísmo que marca as gerações mais novas não caminhará de mão dada com o relativismo ético, moral, vivencial? Quando o mundo tem a dimensão do nosso umbigo, então é bom e belo o que nos convém que seja...
- As gerações do "eu" alertam-nos para a necessidade de darmos importância à pessoa humana, trazendo-me a mente o pensamento inglês: "A caridade começa em casa". Cada pessoa é imagem sagrada de Deus, nosso Pai. Cada pessoa é única e irrepetível. Cada pessoa merece tempo e espaço de carinho, atenção, acompanhamento.No tempo da globalização e da grande massificação, não quererão as gerações do "eu" lançar o alerta contra o carneirismo, a diluição da pessoa na massa?
Pois é isso mesmo, a nova geração,só olha para si mesma. Tenho imenso medo disso! E nem sempre só os novos,os que se adaptaram ao que lhes interessa
ResponderEliminarSabe que sou uma mãe atenta, e que dá voto de confiança,mas deparo-me com estas questões:- "Ó mãe, tu dizes que isto não se deve fazer, mas estão a fazer e ninguém faz nada!"
Claro,que digo,olha para ti, e pensa em consciência,se achas bem que o façam?
Mas,diz ela:- "Mas se são esses que me passam na frente?"
É por isso mesmo que é dificil educar, segundo esta "encantadora" sociedade. Por isso alguns se perdem! Tenho de me penalizar,por estar sempre a pressioná-la. A verdade é que o faço de barriga cheia, porque sei que tenho "um ser especial" como filha.
Sei que os princípios e valores que lhe incuti, estão dentro do seu coração, e sobressaem aparte da sociedade em que viva!
(perdoe este comentário,tão extenso).
Mas nem sempre o mal, também comento o bem!!