quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Falando de um canídeo

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A Holly é uma cadela 'Pastor Alemão'. Veio para casa ainda bebé e foi sempre tratada com muito carinho. De tal maneira que os que com ela lidam chamam-lhe "um mimalho". Mas ela merece todo o afeto. Meiga, esperta, vivaça, sempre em movimento, é muito ciumenta, até dos próprios filhos. Se se faz uma festinha a um dos filhotes, tudo faz para chamar a atenção para ela…
Todos desejavam que viesse a ter filhos mas da sua raça. A natureza tem os seus ritmos e impulsos e nem todo o cuidado os consegue controlar. Para a proteger, dando-lhe espaço, foi criada uma alta rede à volta do quintal. Pensava-se que assim estaria isenta dos perigos da estrada contígua e salvaguardada dos impulsos do cio. Qual quê? Salta a rede com uma facilidade espantosa. Se os donos saem de carro, ela respeita; se saem a pé, a Holly espera um bocadinho, deixa-os afastar razoavelmente e depois, zás! Salta e vai ter com eles. Como ja vão longe de casa, tem a certeza que, após um ralhete, consentirão que os acompanhe.
Foi também o que aconteceu há meses. Durante o cio, saltou a rede e toca arranjar "namorado". Resultado, algum tempo depois nasceram 4 cachorros. Após um tempo de desilusão, os donos acabaram por aceitar a situação. Mas recebeu, na ocasião, um sobrenome à altura: Holly Gostava dos Prazeres e Morais. Foi assim 'rebatizada', abandonando o primitivo nome: Holly de Antioquia Sousa Meireles e Vasconcelos.
Sendo mãe pela primeira vez, tem-se mostrado à altura. Os filhos estão muito bem fisicamente e, nos primeiros tempos, revelava-se algo agressiva para quem tocasse nos seus rebentos.
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A Holly tem os seus inimigos de estimação. Os gatos são uns deles. Espicaça-a vê-los correr e depois fica tempo imenso a olhar para as árvores para onde os felinos dão "às de vila Diogo". Orelhas arrebitadas, olhar fixo, ladradelas de intimidação. Claro que os gatos se defendem muito bem e ela aprendeu isso à custa de umas arranhadelas no focinho. Por isso, num frente a frente, guarda as devidas distâncias não vá o diabo tecê-las.
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Tudo o que mexe põe-na em pulgas. Seja a carreta ou os carrinhos a pilhas dos miúdos. Aprecia imenso ferrá-los! Também o cavalo e as ovelhas a excitam. As ovelhas porque fogem, o cavalo… não sei. Bater na janela ou puxar o estores põe-na em louco alvoroço.
Mas tem também as suas amizades. A cabra Chiquinha é uma delas. Brincam imenso e protege-a.
Ah! Tem uma doidice por água que só visto! Se passa na ponte, atira-se ao rio; se encontra um tanque, voa para a água. Em questões de higiene, é irrepreensível. Seja Verão, seja Inverno.
Dado o tamanho, a sua postura mete respeito. Além disto, é muito atenta e nada deixa passar em claro. Bom sinal.
Tem comigo uma posição de muita amizade. Mal sente o carro parado para abrir o portão, até voa… Quer saltar, lamber, festinhas. Late de satisfação. Como sabe que eu não gosto que salte e muito menos que me lamba, começa por ouvir um raspanete.  Os animais intuem facilmente quem lhes quer bem. Depois, há sempre um miminho que recebe um pouco à revelia da vontade dos donos que só querem que ela coma a ração. Mas comer sempre o mesmo prato, também enjoa, não é Holly?
Já dizia a minha saudosíssima mãe, "Os bichinhos também são criaturas de Deus". E se repararmos bem , não há presépio sem a presença de animais.  Também estes, à sua maneira, louvam o seu Criador.

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