Erros, falhas, lacunas, imperfeições, excessos, situações problemáticas… quem não tem?
Mas a boa educação é a base para um relacionamento cívico com sabor humano. Sem ela, voltamos ao homem das cavernas.
Na atualidade, existe um endeusamento da juventude, mormente por parte dos agentes políticos, sempre muito preocupados em atrair os jovens para as suas causas políticas e garantir os seus votos nas urnas. Por isso, a sua linguagem em relação aos jovens roça a divinização.
Vêm-se os agentes políticos a dizer aos jovens que o estudo não é exploração da mão de obra infantil? Vêem-se os políticos a dizer clara e expressamente que a escola é espaço de trabalho, de aprendizagem, de formação humana, cívica e científica? Entretanto, pelo que ouvimos e lemos, há escolas por esse país fora onde o professor muitas vezes, não consegue “dar a aula” em virtude da indisciplina, da má educação, e, em alguns casos, por força da violência verbal e física…
Endeusar a juventude não é ajudar os jovens, porque são humanos e, como tal, precisam de crescer por fora e por dentro, precisam de ajuda, necessitam de correção.
Compreender a juventude não é passar uma esponja diante de toda a falta de educação que possa revelar. Não há justificação para a má educação!
Precisamos de políticas que apõem a família, “porque aquilo que o berço dá, a tumba o leva”, reforçando o papel educativo dos pais, incentivando-os e exigindo-lhes que assumam o seu papel em plenitude. Famílias desestruturadas, indiferentes, que despacham para os outros o seu serviço essencial de primeiros e principais educadores, formam o caldo de cultura ideal para o surgimento de crianças e jovens sem valores, sem regras, sem estofo interior.
Então em vez de políticas que vão ao encontro de modas e de ondas de momento, que se aposte forte na família, apoiando-a, fortalecendo-a, incentivando-a.
Os jovens dão muitas alegrias, felizmente. A nossa juventude é boa. Já dizia o pai Américo, fundador de O Gaiato, “não há rapazes maus.” Penso que quem falha o bocado são os pais que dão coisas mas muitas vezes não dão tempo, não criam espaços de diálogo, não escutam, não incutem regras, não educam para os valores.
Tantas vezes que dizer "não" a um filho é uma prova de amor maior do dizer um “sim”!
Um pai e uma mãe não podem ser apenas mais um amigo(a) de seus filhos. São chamados a ser adultos junto dos filhos que amam e a quem querem ajudar a crescer para a vida de uma forma sãzinha...
Então que agentes políticos, educativos e, sobretudo a família, não desistam da nobre tarefa de educar, rumo ao “homem total!.
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