domingo, 2 de outubro de 2016

“Uma fé que não se apega, apaga-se” (P.e António Vieira).



"Senhor, aumenta a nossa fé!", pediram os apóstolos a Jesus

1. “Aumentar a nossa fé” implica, antes de mais, unir-se e reunir-se, aprender a viver em família, em grupo, em comunidade. A nossa fé não cresce sozinha, isolada, ou em laboratório, mas cresce com a fé dos outros, ganha força na sua união à multidão dos irmãos e irmãs, que percorrem juntos o mesmo caminho e entram na mesma corrente de graça. Este encontro de irmãos, que partilham e celebram a mesma fé, é fonte de alegria: “Oh como é belo e agradável ver os irmãos reunidos em harmonia” (Sal 133,1). Sem a comunidade, a fé morre sozinha! Redescubramos o prazer de ser e de fazer parte deste Povo, porque isso é “fonte de uma alegria superior” (EG 268). E peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade renovada nas fontes da comunhão!

                                          

2. “Aumentar a nossa fé” implica enraizá-la na experiência deste encontro, que resulta da escuta da Palavra, que brota sempre da “frescura original do Evangelho” (EG, 11), na certeza de que a Palavra é sempre fonte de alegria (EG 5). Sem a escuta obediente da Palavra, a planta da nossa fé, morre de sede! E a nossa vida cristã não se renova! Acorrei às fontes da catequese, das aulas de educação moral e religiosa, da prática da lectio divina. Peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade, renovada na frescura da Palavra de Deus!

                                     

3. “Aumentar a nossa fé” implica alimentá-la na experiência deste encontro, que é a Eucaristia. Ela é a fonte e o ápice de toda a vida da Igreja e dos cristãos. É «fonte de um renovado impulso para se dar” (EG 24). Sem Eucaristia, e sem a seiva dos sacramentos, a planta da nossa fé, perde vigor e morre de fome. Quando se deixa de acorrer a esta fonte da Eucaristia, a nossa vida cristã entra rapidamente em estado de coma espiritual. Acorrei às sete fontes dos sacramentos. Peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade renovada na fonte inesgotável da liturgia.

 

4. “Aumentar a nossa fé” implica invocá-la, pedi-la, rezá-la, na experiência deste encontro pessoal com Cristo, que é a oração. Sem o ardor e o calor da oração, a planta da nossa fé, morre de frio, de falta de afeto! E a nossa vida cristã cai no lamento, na tristeza e no vazio.  Acorrei às fontes da oração, do rosário, da adoração ao santíssimo, de utras formas de oração. Peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade renovada pela alegria do encontro com Cristo, na fonte da oração.

 

5. “Aumentar a nossa fé” implica levá-la e apegá-la aos outros, pois “uma fé que não se apega, apaga-se” (P.e António Vieira). Sem o contágio do nosso testemunho, humilde mas audaz, corajoso e sempre alegre, a planta da nossa fé morre asfixiada, sem luz nem respiração, no cheiro a mofo da estufa, onde, por vergonha, escondemos este tesouro. Conduzi os outros a Cristo, para que não morram de sede, de fome ou de frio, ou de solidão junto das nossas fontes. Quando se dá, é que a fé se fortalece. “Esta tarefa deve ser a fonte de maiores alegrias”. Peçamos ao Senhor a graça de uma comunidade renovada, na alegria transbordante da missão!

Ano Pastoral 2016/2017.  O único Tesouro que a Igreja tem para oferecer ao mundo é Jesus Cristo.
Que sejamos uma Igreja em saída, rumo às periferias existenciais,  testemunhas fiéis e transparentes da presença viva e operante do próprio Senhor.
Neste Ano Pastoral, vem connosco, vem caminhar, Santa Maria! Assim ressoará no coração de cada um de nós a Palavra de Jesus Cristo que é o lema do nosso Ano Pastoral:
"IDE E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA A CRIATURA!"

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