"Senhor, aumenta a nossa fé!", pediram os apóstolos a Jesus
1. “Aumentar a nossa fé” implica, antes de mais, unir-se e reunir-se, aprender a
viver em família, em grupo, em comunidade. A nossa fé não cresce sozinha,
isolada, ou em laboratório, mas cresce com a fé dos outros, ganha força na sua
união à multidão dos irmãos e irmãs, que percorrem juntos o mesmo caminho e
entram na mesma corrente de graça. Este encontro de irmãos, que partilham e
celebram a mesma fé, é fonte de alegria: “Oh
como é belo e agradável ver os irmãos reunidos em harmonia” (Sal 133,1). Sem
a comunidade, a fé morre sozinha! Redescubramos o prazer de ser e de fazer parte
deste Povo, porque isso é “fonte de uma
alegria superior” (EG 268). E peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade
renovada nas fontes da comunhão!
2. “Aumentar a nossa fé” implica enraizá-la na experiência deste encontro, que
resulta da escuta da Palavra, que
brota sempre da “frescura original do
Evangelho” (EG, 11), na certeza de que a Palavra é sempre fonte de alegria
(EG 5). Sem a escuta obediente da Palavra, a planta da nossa fé, morre
de sede! E a nossa vida cristã não se renova! Acorrei às fontes da
catequese, das aulas de educação moral e religiosa, da prática da lectio divina. Peçamos ao Senhor, a
graça de uma comunidade, renovada na frescura
da Palavra de Deus!
3. “Aumentar a nossa
fé” implica alimentá-la na experiência deste encontro, que é a Eucaristia. Ela é a fonte e o ápice
de toda a vida da Igreja e dos cristãos. É «fonte de um renovado impulso para
se dar” (EG 24). Sem Eucaristia, e sem a seiva dos sacramentos, a planta da
nossa fé, perde vigor e morre de fome. Quando se deixa de
acorrer a esta fonte da Eucaristia, a nossa vida cristã entra rapidamente em
estado de coma espiritual. Acorrei às sete fontes dos sacramentos. Peçamos ao
Senhor, a graça de uma comunidade renovada na fonte inesgotável da liturgia.
4. “Aumentar a nossa fé” implica invocá-la, pedi-la, rezá-la, na experiência deste encontro
pessoal com Cristo, que é a oração. Sem o ardor e o calor da oração, a planta
da nossa fé, morre de frio, de falta de afeto! E a nossa vida cristã cai no
lamento, na tristeza e no vazio. Acorrei às fontes da oração, do rosário, da
adoração ao santíssimo, de utras formas de oração. Peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade renovada pela
alegria do encontro com Cristo, na fonte
da oração.
5. “Aumentar a nossa fé” implica levá-la e apegá-la aos outros, pois “uma fé que não se apega, apaga-se” (P.e
António Vieira). Sem o contágio do nosso testemunho, humilde mas audaz,
corajoso e sempre alegre, a planta da nossa fé morre asfixiada, sem luz
nem respiração, no cheiro a mofo da estufa, onde, por vergonha, escondemos este
tesouro. Conduzi os outros a Cristo, para que não morram de sede, de fome ou de
frio, ou de solidão junto das nossas fontes. Quando se dá, é que a fé se
fortalece. “Esta tarefa deve ser a fonte
de maiores alegrias”. Peçamos ao Senhor a graça de uma comunidade renovada,
na alegria transbordante da missão!
Ano Pastoral 2016/2017. O único Tesouro que a Igreja tem para oferecer ao mundo é Jesus Cristo.
Que sejamos uma Igreja em saída, rumo às periferias existenciais, testemunhas fiéis e transparentes da presença viva e operante do próprio Senhor.
Neste Ano Pastoral, vem connosco, vem caminhar, Santa Maria! Assim ressoará no coração de cada um de nós a Palavra de Jesus Cristo que é o lema do nosso Ano Pastoral:
"IDE E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA A CRIATURA!"
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