segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
Cheio de lopeteguices
Há já algum tempo que amigos meus estranham que nada tenha postado sobre o Futebol Clube do Porto, conhecido que é o meu portismo aceso.
Porque a equipa é nova, porque o treinador é novo, porque o tempo ainda é pouco, tenho aguardado.
Mas à 13ª jornada, já fora da Taça de Portugal, e a 6 pontos do líder do campeonato, não me parece nada abonatório o trabalho de Lopetegui.. Quando, ainda por cima, se fala de "uma equipa maravilha", tal o valor que é reconhecido aos futebolistas do FCPorto!
Mas o factos aí estão. Nesta época o Porto ainda não ganhou a um dos chamados "grandes". Empatou em Alvalade e perdeu no Dragão com Sporting e Benfica. E na fase de grupos, na Liga dos Campeões, onde realmente fez boa figura, empatou duas vezes com a Shakhtar Donetsk, que veio a ficar em 2º lugar no grupo do Porto. E fora do Dragão, frente a equipas com aspirações europeias (Guimarães e Estoril), não foi além de um empate.
A equipa de Lopetequi não transmite segurança aos adeptos. Primeiro, foi a famigerada rotação; depois, a inconstância de jogo para jogo e no mesmo jogo em que períodos muito bons alternam com outros de tédio e de mediocridade; depois, a continuação de erros infantis a nível defensivo, a péssima saída para o ataque na 1ª fase de construção e uma finalização de lances sofrível; temos ainda a persistência obstinada de jogar pelos extremos, alugando o interior do campo ao vento... Tudo muito previsível, por isso, muito fácil de estancar para os adversários que nem precisam de grande génio para explorar as repetidas e não corrigidas fraquezas da equipa portista.
Embora um portista acredite sempre, temos que ter os pés no chão. A Taça já se foi; o campeonato está-se a ir e na Liga dos Campeões, esperamos que chegue o mais longe possível, pelo menos que ultrapasse o Basileia nos quartos de final. Depois... e com a inépcia de Lopetegui para ultrapassar grandes equipas, não sei... Afinal, para ganharmos este ano algum título, teremos que lutar pela Taça da Liga, que os portistas sempre desacreditaram.
Só que, pergunto, para isto era preciso ir buscar um treinador estrangeiro? Era preciso trazer tantos emprestados? Era preciso gastar tanto em reforços?
Com esta equipa, Jorge Jesus a treinar o Porto "estaria nesta altura a 8, 10 pontos do segundo classificado no campeonato", como referiu António Oliveira.
Pois, colocam um Ferrari nas mãos de que só sabe conduzir um Fiat 500!
Ai, Pinto da Costa, Pinto da Costa, que te viu e quem te vê!
O presidente não fala, não revela a argúcia de outros tempos, não reage a arbitragens que favorecem sempre os mesmos e prejudicam sempre os mesmos, não tem aquela voz firme de comando e aquela atitude que transmitiam confiança, erra demasiado nas opções dos treinadores...
É por isso que sou portista, mas não "pintista". Afinal para bem das instituições que servem e que amam, as pessoas têm de descobrir o tempo certo de sair.
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