Missa em Roma com centenas de milhar de pessoas por causa de João XXIII e João Paulo II.
Foram ambos papas que "tiveram a coragem" de aceitar o evangelho e de ver em cada pessoa a "carne do irmão". O Papa Francisco referiu-se deste modo aos seus dois predecessores que acabou de proclamar como santos, pouco depois das 10:00 da manhã, em Roma (9:00 em Lisboa): João XXIII foi o Papa da "docilidade ao Espírito Santo" e João Paulo II "o Papa da família". Ambos fizeram por "restabelecer e actualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária".
A escutar a homilia, entre 850 concelebrantes (incluindo 150 cardeais), estava o emérito, Bento XVI, que apareceu de bengala mas aparenta uma relativamente boa forma física - ao contrário do Papa Francisco, cuja voz manifesta algum cansaço.
O rito de canonização começou com o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos (onde sucedeu ao português José Saraiva Martins), a solicitar ao Papa que os nomes de João Paulo II e João XXIII fossem inscritos no catálogo dos santos da Igreja Católica. Francisco respondeu em seguida, de acordo com a fórmula ritual, que os até agora beatos eram declarados e definidos como santos.
A Praça de São Pedro e as imediações - nomeadamente a Via della Concilliazione - está cheia, com centenas de milhar de pessoas, mesmo se com espaços para circulação. Entre os estrangeiros, os polacos - compatriotas de João Paulo II - estão em maioria.
Os dois novos santos, acrescentou Francisco na homilia que terminou há minutos, viveram de forma intensa o apego ao "essencial do evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade".
O "Papa da família", foi como Francisco baptizou o primeiro polaco da história a exercer aquele cargo. Porque João Paulo II disse uma vez que queria ser assim recordado e porque foi dessa forma que Wojtyla assumiu o seu serviço ao povo de Deus, acrescentou Francisco. "Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do céu", acrescentou Francisco, numa referência ao Sínodo dos Bispos sobre a família, convocado para outubro próximo.
Já sobre João XXIII, que em 1959 convocou o Concílio Vaticano II (realizado entre 1962 e 1965), o Papa afirmou que ele se deixou conduzir pela "docilidade ao Espírito Santo" e foi um pastor para a Igreja. A convocação do concílio, uma espécie de magna assembleia de debate e decisão para a Igreja, que reúne os bispos de todo o mundo, foi decisiva para trazer o catolicismo para o século XX.
A decisão de canonizar dois dos mais importantes papas do século XX corresponde também à grande popularidade de ambos: depois do formalismo de Pio XII, a eleição de João XXIII aproximou o Papa das pessoas e João XXIII, que é admirado em todo o mundo católico, é muito respeitado e venerado em Itália. Com João Paulo II e as 104 viagens por ele realizadas a 129 países, a aproximação do papado às pessoas tornou-se global e chegou a todo o mundo. E já quando da sua morte, havia milhares de pessoas que pediam a sua imediata proclamação como santo. Nove anos depois, está feita a sua vontade.
Fonte do texto: aqui
A escutar a homilia, entre 850 concelebrantes (incluindo 150 cardeais), estava o emérito, Bento XVI, que apareceu de bengala mas aparenta uma relativamente boa forma física - ao contrário do Papa Francisco, cuja voz manifesta algum cansaço.
O rito de canonização começou com o cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos (onde sucedeu ao português José Saraiva Martins), a solicitar ao Papa que os nomes de João Paulo II e João XXIII fossem inscritos no catálogo dos santos da Igreja Católica. Francisco respondeu em seguida, de acordo com a fórmula ritual, que os até agora beatos eram declarados e definidos como santos.
A Praça de São Pedro e as imediações - nomeadamente a Via della Concilliazione - está cheia, com centenas de milhar de pessoas, mesmo se com espaços para circulação. Entre os estrangeiros, os polacos - compatriotas de João Paulo II - estão em maioria.
Os dois novos santos, acrescentou Francisco na homilia que terminou há minutos, viveram de forma intensa o apego ao "essencial do evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade".
O "Papa da família", foi como Francisco baptizou o primeiro polaco da história a exercer aquele cargo. Porque João Paulo II disse uma vez que queria ser assim recordado e porque foi dessa forma que Wojtyla assumiu o seu serviço ao povo de Deus, acrescentou Francisco. "Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos a viver um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do céu", acrescentou Francisco, numa referência ao Sínodo dos Bispos sobre a família, convocado para outubro próximo.
Já sobre João XXIII, que em 1959 convocou o Concílio Vaticano II (realizado entre 1962 e 1965), o Papa afirmou que ele se deixou conduzir pela "docilidade ao Espírito Santo" e foi um pastor para a Igreja. A convocação do concílio, uma espécie de magna assembleia de debate e decisão para a Igreja, que reúne os bispos de todo o mundo, foi decisiva para trazer o catolicismo para o século XX.
A decisão de canonizar dois dos mais importantes papas do século XX corresponde também à grande popularidade de ambos: depois do formalismo de Pio XII, a eleição de João XXIII aproximou o Papa das pessoas e João XXIII, que é admirado em todo o mundo católico, é muito respeitado e venerado em Itália. Com João Paulo II e as 104 viagens por ele realizadas a 129 países, a aproximação do papado às pessoas tornou-se global e chegou a todo o mundo. E já quando da sua morte, havia milhares de pessoas que pediam a sua imediata proclamação como santo. Nove anos depois, está feita a sua vontade.
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