sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Política portuguesa em valsa louca


Ainda nem há um ano o governo tomou posse. Entretanto as saídas e entradas de governantes sucedem-se à velocidade da luz. Um espectáculo degradante. E isto num governo saído de uma maioria absoluta!
São casos e casinhos todos os dias. Um descrédito total desce, plúmbeo, sobre a vida política nacional.
Perante isto, que oferece a oposição? Os partidos à esquerda do governo, a cantilena de sempre. À direita, temos uma luta de galos pelo protogonismo político. Por exemplo, o maior partido da oposição que tem feito? "Ai, o seu presidente está em cima do governo como um leão!" - dirão alguns. Pois, mas para comentar os casos e casinhos, as muitas e diversas trabalhadas do governo, já temos os cafés e as redes sociais. Do maior partido da oposição espera-se muito mais do que o "deita-abaixo". Ideias, alternativas, estratégias, o diferente que atenda à situação real das pessoas. Uma ideia para Portugal, mesmo que polémica...
Quanto ao Presidente da República, ele não ajuda Portugal porque fala demais, a tempo e fora de tempo, sobre tudo e sobre coisa nenhum e diz o povo "quem muito fala...."
Além disso, porque está sempre a falar, torna os ouvidos dos cidadãos "malhadiços", isto é, não ligam.
Entretanto o Sistema Nacional de Saúde continua como qualquer utente sabe por experiência; a escola pública está ao rubro como as notícias sobre professores confirmam; o interior cada vez mais abandonado e despovoado; o investimento público e privado tarde em arrancar; a riqueza nacional que produzimos vai-nos atirando para a cauda da Europa; os jovens emigram ou ficam, sujeitando-se ao desempre e/ou a ordenados baixos; para muitos idosos, as reformam não chegam sequer para comer e para os medicamentos, etc, etc.
Que os governos não sirvam para resolver equilibrismos partidários, mas que busquem, com alma e com génio, o melhor para o Portugal de hoje e de amanhã. Que se investigue eficientemente o candidato a governante antes de entrar no governo para evitar a lástima a que temos estado sujeitos. Que a ligação aos cidadãos nunca seja quebrada ou abrandada; que a luta contra a corrupção, o compadrio e clientelismo seja franca e forte. Que, entre o filiado no partido e o competente, este passe sempre à frente.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.