Apesar disso, o documento, intitulado “Alarga o espaço da tua tenda” (expressão do Livro de Isaías, capítulo 54), começa em tom de entusiasmo: “o sínodo segue em frente”, lê-se na introdução do texto de 56 páginas, onde se sublinha que “a participação a nível global – nesta primeira etapa – foi superior a todas as expetativas”.
À Secretaria do Sínodo chegaram as sínteses “de 112 das 114 Conferências Episcopais e de todas as 15 Igrejas Orientais Católicas, às quais se juntam as reflexões de 17 dos 23 dicastérios da Cúria Romana, além das que vieram dos superiores religiosos, dos institutos de vida consagrada e sociedades de vida apostólica, e ainda de associações e movimentos de fiéis leigos, sublinha o DEC. A somar a estas, “chegaram mais de mil contributos de pessoas singulares e de grupos” e foram também recolhidas sugestões nas redes sociais, graças à iniciativa do “Sínodo digital”.
“Não faltaram, contudo, dificuldades, que as sínteses não escondem”, salvaguarda desde logo o documento. Entre elas, “o medo que a ênfase sobre a sinodalidade possa fazer pressão para a adoção no interior da Igreja de mecanismos e procedimentos impregnados do princípio da maioria de tipo democrático” ou “o ceticismo sobre a real eficácia ou intenção do processo sinodal”.
Numerosas sínteses mencionam “os medos e as resistências da parte do clero, mas também a passividade dos leigos, o seu temor a exprimir-se livremente e o cansaço de articular o papel dos pastores com a dinâmica sinodal”, refere o DEC.
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