quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Alguns serviços públicos e Centros de Saúde com atendimento presencial super-controlado...

Longe de mim pôr em causa a dignidade e o profissionalismo das pessoas. Não é pessoas que pretendo atingir. De modo algum. Quem sou eu para julgar?
É a organização dos serviços e a coerência de quem decide.
Vejamos:
- Os alunos vão regressar às aulas presenciais dentro de um quadro epidémico que exige a observância de normas de saúde. Apoio, pois ensino presencial é condição fundamental para combater as desigualdades.
- No Verão, multidões nas praias, observando - pelo menos em teoria - regras de saúde pública.
- Touradas e espectáculos em recinto fechado com com muita gente .
- Cafés, bares e esplanadas, restaurantes com bastante gente.
- Empresas em laboração com muitos trabalhadores.
Etc, etc, etc
  
MAS:
- Alguns serviços públicos com atendimento presencial super-controlado. Marcações pelo telefone, atendimento pessoa a pessoa, longas filas em espera... E quando as pessoas desesperam porque ninguém atende o telefone? No Inverno como vai ser?
- Centros de Saúde com (des)atendimento super-preocupante. O telefone não resolve o fundamental e muitas vezes as pessoas nem por este meio são atendidas. Toca, toca, toca e... nada! O doente e a sua saúde requerem a consulta presencial.
Se há um espaço onde as normas podem ser cumpridas é no Centro de Saúde. Lá estão os profissionais que sabem como ninguém lidar com a epidemia e têm autoridade para fazer cumprir as referidas normas.
- Infelizmente já faleceram no país e no mundo muitas pessoas por causa da COVID-19. E quantas e quantas não faleceram por outras doenças nesta mesma altura? E muitos partiram porque não tiveram consulta, porque o exame médico, os testes auxiliares de diagnóstico e as intervenções cirúrgicas foram sendo adiados?
Onde está o serviço Nacional de Saúde com que tantos enchem a boca nestas ocasiões?

Muitas vezes as pessoas queixam e protestam, porventura sem que a razão lhes assista.  Nestas situações as queixas intensas e extensas têm mais do que fundamento. Penso assim.
E ninguém faz nada? A comunicação social mostra-se incapaz de dar voz e vez aos que não têm voz e vez?
Onde param os fazedores de opinião, os comentadores, as autoridades eclesiásticas, os partidos políticos?

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