segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ecos de uma tarde

Jornal
Logo a seguir ao almoço, trabalhei com a composição a correcção do número deste mês do Sopé da Montanha.
O jornal dá muito trabalho e é para mim uma preocupação constante ao longo do mês. Organizá-lo dentro de uma dinâmica da actualidade local e cristã que obriga a selecções, acolher o contributo dos colaboradores, tantas vezes chegado fora de horas, contactar este e aquele por causa de uma notícia, uma foto, um pormenor...
E tantas vezes que escrevi com gosto sobre isto ou aquilo que achava de interesse para os leitores e, à última hora, lá ficou porque surgiu um artigo que já não contava... É que procuro sempre dar prioridade àquilo que me enviam para publicação. Assim as pessoas não podem argumentar que não colaboram porque os seus trabalhos não são publicados...
O jornal é uma espécie de "filhote" com 16 anitos! Com ele me zango várias vezes, mas custar-me-ia imenso viver sem ele.

No Hospital
Terminada a correcção do jornal, passei pelo Hospital de Lamego.
Já várias vezes o referi. É umas das coisas que mais me custa. Pese embora toda a auto-motivação que fiz durante a viagem, o que é certo é que voltei a sentir-me mal. Aquele ambiente, o cheiro característico... tudo mexe comigo. E lá tive que sair antes que fiqcasse mais doente do que os doentes.
Restou-me a satisfação de visitar os doentes e de saber que eles gostaram de me lá ver, apesar da "visita de médico". E pude sentir a alegria de uma pessoa que recebeu "alta" exactamente no momento em que a visitava.
No regresso, à porta do Hospital, revi amigos (um pai e uma filha) que já não encontrava há muitos anos. Foi muito bom, não pelo motivo pelo qual todos ali estávamos, mas pelo reencontro.

Uma cidade que não arranca
Lamego é a sede do concelho onde nasci e estudei durante muitos anos.
Sinto que Lamego cresceu em casas e em trânsito. No regresso, em hora de ponta, o trânsito era intenso, fazendo lembrar uma grande urbe.
Mas em em vias de fácil escoamento do trânsito e em estacionamentos não melhorou, pelo contrário.
Então aquela ligação à A24 é terceiro-mundista! Ainda hoje vinha à minha frente um enorne camião que naquela curva do Retiro dos Passarinhos teve que fazer um pertinente bailado - para trás e para à frente - até que conseguiu seguir caminho.
Sorrindo, disse para mim próprio: " Podiam contratar o Dr Ruas para, nas horas vagas, vir a Lamego resolver algumas situações. Acredito que voavam..."

Encontrado o corpo de Carina Ferreira
O corpo de Carina Ferreira, a jovem de Lamego desaparecida desde 1 de Maio, foi hoje encontrado, no fundo de uma ribanceira na A24.
O corpo da jovem de 21 anos foi encontrado dentro do seu carro, no fundo de uma ravina, no troço da A24 que liga Lamego à Régua - ao km 94, poucos metros antes do túnel do Varosa. Os investigadores tiveram de fazer rappel para chegar à viatura, que caiu por uma ribanceira com mais de 30 metros.
Segundo a Polícia Judiciária, "tudo indica tratar-se de um infeliz desfecho derivado de um acidente de viação, mas apenas os resultados da autópsia, a realizar pelo Instituto de Medicina Legal, poderão confirmar, ou não, tal ocorrência, mantendo-se em aberto outras possibilidades da causa da morte".
O corpo já foi retirado do local, pelos Bombeiros Voluntários de Lamego, segundo fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro de Viseu. A GNR não deixa populares nem jornalistas aproximarem-se da zona.
Aqui

1 comentário:

  1. Post interessante... Obrigada por partilhar connosco.
    Lamento a morte da jovem de Lamego. Solidária com o sofrimento da família.
    Maria Emília

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