Pela idade com que foi eleito Papa, as pessoas pensavam que seria um Papa de transição. Mas enganaram-se, porque o "Espírito sopra onde quer e como quer."
João XXIII esteve na origem do maior acontecimento eclesiástico so séc. XX. Convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II que se iniciou em Roma faz hoje 55 anos.
A morte não lhe permitiu continuar e encerrar o Concílio, tarefa que caberia ao seu sucessor, Paulo VI (o 1º Papa a visitar Fátima).
A propósito da inauguração do Concílio, vale a pena ler o chamado "Discurso da Lua" que, na noite de 11 de outubro, dirigiu à multidão na Praça de S. Pedro - aqui.
Admiração especial por este grande Papa
O "Papa Bom", como ficou conhecido, foi admirável como ser humano, cristão e Papa.
Para ele, todos, incluindo os ateus, eram filhos e irmãos. A justiça sempre o preocupou e mobilizou.
Conta-se que, um dia, terá perguntado a um trabalhador como ia a sua vida. Ele respondeu que ia mal. Então, o Papa garantiu que ia tratar do assunto.
Houve, no entanto, quem objectasse que, aumentando o salário aos trabalhadores, teria de haver um corte nas obras de caridade.
Resposta pronta do Pontífice: «Então é o que teremos de fazer. Porque a justiça está antes da caridade».
São estas atitudes que definem uma vida. E fazem com que as pessoas que as tomam brilhem.
João XXIII teve a preocupação de reconciliar a Igreja com os tempos actuais.
A Igreja devia pôr-se ao dia - eis o que ele queria dizer com a conhecida palavra aggiornamento.
Escrevia em 1947: «Em casa, tudo vai bem. A paciência ajuda-me nos meus defeitos e nas minhas imperfeições e dos que trabalham comigo. O meu temperamento e a minha educação ajudam-me no exercício da amabilidade para com todos, da indulgência, da cortesia e da paciência. Não me afastarei deste caminho».
«Não há nada mais excelente que a bondade. A inteligência humana pode procurar outros dons eminentes, mas nenhum deles se pode comparar à bondade». E, atenção, «o exercício da bondade pode sofrer oposição, mas acaba sempre por vencer porque a bondade é amor e o amor tudo vence».
Passados uns dias da sua eleição, João XXIII anota no seu diário: «Esta manhã devo receber cardeais, muitos príncipes e membros importantes de governos. Mas, de tarde, quero passar alguns instantes com homens comuns. que não possuam nenhum título nem nenhuma dignidade senão a de serem seres humanos e filhos de Deus». E é neste espírito que, um dia, se dirige a operários e a agricultores: «Não viestes ver o filho de um rei nem de um imperador nem de um grande deste mundo, mas um padre que, filho de gente pobre, foi chamado pelo Senhor para carregar o peso do pontificado supremo».
São João XXIII. É difícil encontrar alguém com uma humanidade tão santa. E com uma santidade tão humana!
Respeito por todos os Papas. Admiração por muitos que estudei e conheci. Uma admiração muito especial pelo "Papa Bom".
Um coração cheio de Deus. Um coração apaixonado pela pessoa humana. Por isso o Papa João XXIII lembra um lenteiro ensopado de Deus que mata a sede ao homem.
São João XXIII, rogai por nós!
A Igreja devia pôr-se ao dia - eis o que ele queria dizer com a conhecida palavra aggiornamento.
Escrevia em 1947: «Em casa, tudo vai bem. A paciência ajuda-me nos meus defeitos e nas minhas imperfeições e dos que trabalham comigo. O meu temperamento e a minha educação ajudam-me no exercício da amabilidade para com todos, da indulgência, da cortesia e da paciência. Não me afastarei deste caminho».
«Não há nada mais excelente que a bondade. A inteligência humana pode procurar outros dons eminentes, mas nenhum deles se pode comparar à bondade». E, atenção, «o exercício da bondade pode sofrer oposição, mas acaba sempre por vencer porque a bondade é amor e o amor tudo vence».
Passados uns dias da sua eleição, João XXIII anota no seu diário: «Esta manhã devo receber cardeais, muitos príncipes e membros importantes de governos. Mas, de tarde, quero passar alguns instantes com homens comuns. que não possuam nenhum título nem nenhuma dignidade senão a de serem seres humanos e filhos de Deus». E é neste espírito que, um dia, se dirige a operários e a agricultores: «Não viestes ver o filho de um rei nem de um imperador nem de um grande deste mundo, mas um padre que, filho de gente pobre, foi chamado pelo Senhor para carregar o peso do pontificado supremo».
São João XXIII. É difícil encontrar alguém com uma humanidade tão santa. E com uma santidade tão humana!
Respeito por todos os Papas. Admiração por muitos que estudei e conheci. Uma admiração muito especial pelo "Papa Bom".
Um coração cheio de Deus. Um coração apaixonado pela pessoa humana. Por isso o Papa João XXIII lembra um lenteiro ensopado de Deus que mata a sede ao homem.
São João XXIII, rogai por nós!
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