Para além do apelo aos cidadãos para cumprirem o dever cívico, tirando para o efeito um bocadinho do seu domingo, a política explicou como seria o seu dia. Fora votar cedo para poder estar com a família. Todos juntos, iriam à Missa, mais tarde visitariam uma familiar doente e, por fim, dirigir-se-ia para a sede de campanha onde acompanharia os resultados eleitorais.
Num tempo em que muitas personalidades públicas parecem ter prazer em afirmar o seu ateísmo, agnosticismo ou indiferentismo, Assunção Cristas fala naturalmente da sua participação na Eucaristia dominical juntamente com a sua família.
Não é a única, eu sei. Entre outros, Marcelo Rebelo de Sousa e António Guterres fazem o mesmo.
Mas não é o habitual. Parece que os cristãos, uma vez personalidades públicas, têm vergonha de se assumir como cristãos, escondendo a fé nos camarins do palco público, reduzindo-a ao foro privado. Ora isto equivale à negação da fé cristã que é "luz", "fermento", "sal", nas palavras e no testemunho de Jesus.
Soube-me bem ouvir o testemunho sereno, claro e convicto de Cristas. Felicito-a por isso. Precisamos de cristãos que não tenham medo de afirmar por palavras e ações a sua fé, seja qual for o palco público onde se movem. O partido onde militem. O mundo artístico, empresarial ou sindical. Jornalistas, comentadores, opinadores. Especialistas, doutores, jogadores, trabalhadores. Jovens, adultos, idosos.
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