Quantos falamos de migrantes, referimo-nos às:
- migrações internas - aqueles que deixaram a sua terra e foram viver para outro local dentro do mesmo país;
- migrações externas - aqueles que deixaram o seu país e foram viver para outro país.
Embora a situação tenha melhorado, está longe do satisfatório. A burocracia tentacular faz a vida negra ao cidadão, mormente, como é os casos dos migrantes, quando o tempo é pouco e precisam de resolver tantas situações em tão pequeno período de férias.
Quanto ao peso da burocracia, as suas queixas são muitas. Passam as passas do Algarve para tentar resolver os seus problemas em tão limitado período de tempo.
Claro que a vinda dos migrantes estimula o comércio local e deixa, por isso, os comerciantes satisfeitos.
Mas também se ouvem muitas queixas de quem trabalha em repartições, espaços comerciais, etc. Ouço bastantes vezes a pessoas que trabalham nestes espaços: "Nunca mais passa o mês de agosto!"
Esses trabalhadores queixam-se, sobretudo, da arrogância de muitos migrantes que pensam que têm 'o rei na barriga'. Querem ter sempre razão e pensam que "os outros são seus escravos". Falta-lhes humildade perante a vida e sentido de respeito em relação a quem os serve. Muitos gostam de se exibir e de chamar a atenção sobre si mesmos. Protestam por tudo e por nada como se fossem os donos da verdade.
Residentes e migrantes são todos cidadãos, iguais em direitos e deveres.
As relações devem pautar-se pela humildade perante a vida, pelo respeito mútuo, pela compreensão, pela ajuda recíproca.
Um dos factos que chama a atenção de muita gente é a necessidade que muitos migrantes têm de, na sua terra natal, falarem a língua estrangeira. Penso ser um fenómeno exibicionista que revela um certo parolismo. Aliás, a forma como usam a referida língua estrangeira identifica-os imediatamente.
Com respeito para com quem assim procede, não posso concordar. É que, como refere Fernando Pessoa, «A minha pátria é a língua portuguesa».
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