quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Trabalhadores cristãos portugueses e espanhóis denunciam injustiças e querem «acordar» Igreja para o «sofrimento dos trabalhadores»

As equipas executivas do Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal, e a Comissão Permanente da 'Hermandad Obrera de Acción Católica de Espanha' (HOAC) estiveram reunidas nos dias 14 e 15, na Covilhã, para analisar a situação do mundo do trabalho e da Igreja nos dois países, bem como a vida e ação dos movimentos.
DR
DENÚNCIA:
- “Crescente desigualdade social”,
- "Injustiça laboral"
- " Injustiças e a corrupção"
- “Precariedade”
- "Empregos instáveis"
-  “Desemprego de longa duração”
-  “Desistência de uma vida ativa e de cidadania”
- "Sofrimento dos trabalhadores, nomeadamente dos jovens"
- "Políticas de austeridade, de cortes de salários e de pensões e de redução dos direitos sociais"
- Existência de  “indiferentes e acomodados” diante da situação laboral
- "Pouco acolhimento que o sofrimento destas pessoas tem tido no seio da Pastoral da Igreja”,
- “Uma certa apatia” no seio da Igreja em relação a estas problemáticas: “o sofrimento dos trabalhadores, as suas causas e como agir para transformar a realidade”.


ANÚNCIO:
- "Justa remuneração “pilar fundamental do progresso”, da justiça social e da “distribuição da riqueza”


COMPROMISSO:
- "As diversas formas de reação dos trabalhadores"
- "Maior sentido ético e de indignação contra as injustiças e a corrupção"
- "Reconhecimento da importância e da necessidade da unidade"
- "Acreditar que outra sociedade, justa e sustentável é possível”
- "Participação de todos “na mudança”, de “agir e incentivar ao associativismo na procura de respostas para os problemas sociais”
- “Acordar” os “indiferentes e acomodados” para as “injustiças cometidas contra os mais desfavorecidos da sociedade”
- Ser “agentes de transformação no implementar de uma nova vivência social, baseada nos valores cristãos”


"O pouco acolhimento que o sofrimento destas pessoas, nomeadamente dos jovens, tem tido no seio da Pastoral da Igreja”
Os trabalhadores tocam num ponte importante. É preciso ter a nobreza humilde de o reconhecer.
Uma Igreja a "coçar para dentro": os seus movimentos, a sua catequese, a sua pastoral, a sua escola, a sua liturgia, o seu Direito Canónico, os seus problemas...
Mas a Igreja só cresce quando se abre ao mundo, quando é evangelho. Afinal quando desempenha o serviço que Cristo lhe confiou!
Uma Igreja ensimesmada no divórcio, no aborto e na eutanásia.
"Toda a vida humana é sagrada desde a sua conceção até à morte natural."
Então é função da Igreja propor, anunciar, apoiar a vida desde o seio materno até ao seu ocaso.
Não ao aborto, não à eutanásia, sim à vida. Sempre!
Mas igualmente não à pobreza, à discriminação, à exploração, às desigualdades gritantes, à exploração e precaridade laboral, aos salários indignos. Sempre!
Há um fixismo da Igreja nos dois momentos - o inicial e o terminal. E o durante??? É tão importante como os outros.
Igreja de Cristo, caminha para as periferias existenciais e tira o profetismo da gaveta. Perde o medo  que tu apelidas de "santa prudência" e sê voz e vez dos que não têm voz nem vez!

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