Um estudo feito junto de 207 alunos dos 6.º e 10.º anos de escolaridade, do Porto, e divulgado pelo JN, revela que existe uma ligação afectiva muito forte entre os adolescentes e os telemóveis. Enviam uma média de 236 sms por semana, têm mais de 125 registos na lista contactos e já tiveram, aos 16 anos, em média, mais de três telemóveis. Ao JN, os investigadores falam de «obsessão» e «dependência».
Uma equipa de investigadores da Universidade do Porto, liderados por Pedro Quelhas Brito, professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, decidiu, em Junho do ano passado, conhecer o grau de dependência que amarra os adolescente às novas tecnologias.
Para isso, estudaram alunos de quatros escolas do Porto (duas delas de ensino privado), frequentadas por adolescentes das classes média e alta, e utilizadores regulares do «messenger» (msn). Quelhas Brito explicou ao JN que o msn dá uma ideia do grau de envolvimento «digital» dos miúdos, já que ele implica a utilização de um computador, acesso à Internet, assim como uma rede de amizades para interagir.
Questionados sobre a posse de telemóveis, escreve o JN, a grande maioria dos pré-adolescentes (93,3%) afirmou ter um, enquanto no grupo dos mais velhos todos possuíam telemóvel. Nos dois grupos os aparelhos tinham, na sua maioria, câmara (78% nos pré-adolescentes e 87,4% nos adolescentes). Por outro lado, a maioria dos alunos de ambos os grupos já possuía telemóvel há muito tempo: 69% dos pré-adolescentes tinha começado a usar antes do ano de 2006, enquanto os adolescentes já os usavam antes de 2002.
Quanto ao número de telemóveis, o estudo revelou que 36,5% dos alunos do 6.º ano de escolaridade já tinham tido mais de três telemóveis. O mesmo acontecia a 77% dos adolescentes.
Em relação ao envio de sms, os investigadores chegram à conclusão que os pré-adolescentes enviavam uma média de 84,2 por semana. Já os colegas mais velhos chegavam às 235 sms por semana.
Uma diferença que é justificada pelo número de contactos presentes na lista dos mais novos, uma média de 87,2 contactos, enquanto os mais velhos tinham 125.
Fonte: aqui
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