sábado, 16 de agosto de 2014

Recordações de Férias




Entre 3 e 15 deste mês, fiz um tempo de praia.
Para mim, praia mais do que gosto é uma necessidade que o  médico sempre recomenda com insistência, tendo em conta os meus problemas de saúde.
Foram momentos humanamente muito ricos. O ambiente familiar que amável e generosamente me acolheu não podia ter sido melhor. Senti-me muito bem, verdadeiro membro daquela família que foi de uma atenção e de uma delicadeza desinteressadas que eu sei que não mereço.
Foram momentos fantásticos onde a boa disposição reinou. Sentia saudades de me rir tanto como aconteceu naqueles dias. Claro que houve tempo e ambiente para a oração, a partilha, a conversa mais séria. Não me faltou, como tanto aprecio, o meu espaço individual, mormente nas longos e repetidas caminhadas pela praia. Só no meio da multidão.
O meu sentido e profundo obrigado à família Ribeiro.
 
A PRAIA
Água gelada, muita gente, bom tempo, pese embora o ventinho desagradável da tarde e da noite.




Gente, gente e mais gente. Em certos sítios da praia, quase não havia lugar para estender uma toalha. Durante os dias em que estive por lá, não me apercebi de contendas, disputas ou azedumes. Uma boa paz. Pessoalmente não aprecio aqueles jogos (bola, raquetes, etc) junto à água. Penso que há espaço para estes jogos noutros locais da praia. É que estorvam e incomodam que quer ir a banho ou quer passear. Além de umas boladas que sempre cabem a quem nada tem a ver com os jogos.
À noite, a avenida junto à praia era um mar ambulante de pessoas e junto aos bares então nem se fala. O calor apertava e as gargantas pediam alívio. Bandos de jovens no meio da multidão. E mais bandos ao pé dos bares onde bufava aquela música que eles apreciam. Sempre de copo na mão.
Em qualquer estabelecimento comercial, pequeno ou grande superfície, havia filas, fosse de manhã, à tarde ou à noite. O comentário escorria aqui e ali: "Ainda dizem que há crise!...

O PAROLISMO...
Enerva-me sempre, mas este ano foi demais. Refiro-me aos nossos emigrantes francófonos. Pela pronúncia do Francês se notam...
Em Portugal, a sua terra, falam (ou arranham) o Francês! Que parolismo! Que exibicionismo bacoco! Não sabe esta gente que o Português se conta entre as línguas mais faladas do mundo? Não sabe esta gente que "ruim é o passarinho que enjeita o seu ninho!? Não sabe esta gente que "a minha Pátria é a Língua Portuguesa"?

Famílias e jovens
 Muita gente nova, adolescentes e jovens. Na praia, mais à tarde; na night, sempre.
Juntos a conversar, a jogar e a rir. Juntos naquilo que lhes cativava o interesse, fossem as cambalhotas para a água, fossem as músicas e  as danças do momento, fossem os bares cuja música lhes caísse no goto, mas aqui sempre de copo na mão... Fossem ainda as situações que lhes causassem adrenalina.
Quanto à família, continuo a gostar de ver muitas famílias juntas, especialmente quando os filhos são pequenos. Observam-se momentos de empatia que calam fundo. Quando passeiam juntos, quando partilham e conversam debaixo do chapéu de praia, quando jogam, quando brincam na água.
Cada vez vejo mais o pai a cuidar dos filhos pequenos. "Hoje, na praia, vêm-se os pais mais interventivos junto dos filhos do que as mães", comentava uma amiga minha.
 
O "Dr. Figo"


 
De regresso da praia, certo dia, passámos por um simpático vendedor de figos e outros produtos da terra. Ao pararmos para observar a exposição, aproxima-se um casal espanhol que pergunta ao simpático vendedor "o que era aquilo". O homem... dos bigodes responde que eram alfarrobas e de imediato explica os seus benefícios para a saúde.. "Basta tomar uma vez", explicou.
Foi quanto bastou para fazermos um romance durante todas as férias. Por tudo e por nada, apontava-se o "Dr. Figo" como solução para todos os problemas de saúde, reais ou imaginários.
Imaginarão quantas gargalhadas soltámos à custa do enredo criado à volta da simpática personagem!
Ao fim do dia, passou a ser quase obrigatório para alguns de nós passar por aquele "consultório ao ar livre"! E quando o homem não estava? Imaginarão também o rol de explicações que fabricávamos para justificar a ausência e consequentes gargalhadas soltas...

 
FÁTIMA

No regresso passámos por Fátima.
Participámos na Eucaristia celebrada na Capelinha das Aparições e soube bem o ambiente celebrativo que àquela hora se vivia no local.
 Como me tocaram aqueles minutinhos com a Mãe, junto à sua Imagem na Capelinha das Aparições! 

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