sábado, 12 de janeiro de 2013

QUESTÕES SOBRE O BAPTISMO

Sobre o Batismo de Jesus, veja este vídeo.
 
1. MAIS IMPORTANTE: Neste ano da Fé é bom reflectirmos no que o baptismo operou em nós e nas consequências que daí resultam - aqui
 
 
2. "Jesus disse: 'Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo" - Marcos 16:15-16.
A ordem das palavras diz tudo. Primeiro acreditar, depois for baptizado.
o BATISMO só se compreende e tem razão de ser à luz da fé. O Batismo é para quem tem fé.
 
3. As crianças são baptizadas na fé dos pais, que assumem a missão de as educar cristamente. Ora, se os pais não têm fé, como podem educá-las na fé? Onde fica o exemplo e o testemunho? Onde fica a verdade?

4. Reparem nestas situações:
a) O Zé e a Célia estão casados civilmente. Ambos na casa dos trinta e têm um menina que tem 3 anos, a Maura. Nada impede este casal de celebrar o seu matrimónio, mas eles não querem "casar pela Igreja". Os avós da criança massacram-nos para baptizar a menina.
O Zé e a Célia dizem que não tem sentido pedir o batismo para a criança quando eles vivem à margem das orientações da Igreja. Que não querem "meter" na Igreja a filha, porque eles vivem fora da doutrina da Igreja. Que é uma questão de coerência e de verdade. Que esperam para ver o que eles mesmos vão concluir: se resolverem casar catolicamente, então nessa altura pedirão o batismo para a filha. Se não, então seja ela a decidir mais tarde...
Este casal procura a honestidade intelectual e vivencial. Merece respeito.

b) O Horácio e a Ana estão casados civilmente. Custa-lhes imenso não poder casar catolicamente, já que a Ana é divorciada civilmente. O seu primeiro casamento, celebrado catolicamente, terminou. Ela refez a sua vida, casando civilmente com o Horácio. Dão-se muito bem, gostam-se imenso e procuram educar o que melhor que podem o seu filhito, o Sérgio. São um casal que participa na vida da comunidade, apesar de ansiarem por regularizar a sua situação perante a Igreja.
Perante esta situação de sofrimento, a posição da Igreja só pode ser de misericórdia, acolhimento, humanidade e compaixão. E então acolher com bondade estes pais que pedem o batismo para a sua filhita.

5. Quem instituiu os sacramentos foi Cristo que os confiou à sua Igreja. Os sacramentos são acções de Cristo, realizadas na Igreja, pela Igreja e com a Igreja a quem cabe administrá-los. O sacramento é meu, porque é da Igreja, não é uma acção particular e individual.
Por isso, na celebração do baptismo, uma das primeiras perguntas que o celebrante faz aos pais é esta: "Que pedis à Igreja de Deus para os vossos filhos?" Ora quem pede não exige.
E após a Profissão de Fé, no baptismo, o sacerdote conclui, em nome da comunidade: "Esta é a nossa fé, esta é a fé da Igreja que nos gloriamos de professar." É a minha fé porque primeiro é a fé da Igreja!


6. No tempo do relativismo e do individualismo, parece que cada um arranja uma fé à sua maneira. Aceita o que lhe convém e lhe interessa, rejeita tudo aquilo que lhe exige e não obedece às suas conveniências. É bom o que me convém e me interessa, é mau o que não me convém, nem me interessa. Nada mais contrário à índole da fé cristã. A fé cristão é um todo que não se pode retalhar segundo o sentir de cada um.
" Senhor, que a minha fé seja humilde, que não se fundamente na minha opinião, nem nos meus sentimentos; mas que eu adira sempre ao Espírito Santo e à Igreja, minha mãe e mestra." - Oração para o Ano da Fé

7. Os padrinhos representam a fé da comunidade. Daí que tenham que estar sintonizados com a vivência dessa mesma fé . Doutra forma não tem sentido.
A Igreja estabelece claramente os requisitos para ser padrinho/madrinha de batismo:

* Ter 16 ou mais anos de idade.

* Ter recebido os três sacramentos da iniciação Cristão: Baptismo, Eucaristia (Comunhão) e Confirmação (Crisma).

* Se for casado, deve ser casado pela igreja. Se for casado pelo civil, ou se viver em União de Facto, mesmo que tenha idade para ser padrinho, NÃO pode ser padrinho de baptismo ainda que tenho sido confirmado.

* Levar uma vida digna compatível com a missão que vai desempenhar.

(Código de Direito Canónico, cânones 872, 873, 874)


Sabemos que actualmente basta ou padrinho ou uma madrinha. Mas os requisitos são estes.
Ninguém escolher os pais, mas os padrinhos podem ser escolhidos. Com verdade, com honestidade, com fidelidade à doutrina da Igreja.
Também aqui se escusam certos sentimentalismos e interesses. Não é padrinho quem o deseja ser, mas quem o pode ser.

8. Uma palavra para alguns avós, sempre muito preocupados com o baptismo dos netos.
Deus não condena inocentes, mas os adultos responderão perante Ele pelo uso das sua liberdade.
Caros avós, que tal preocuparem-se mais com a maneira como os vossos filhos vivem? Vivem de acordo como a proposta cristã?

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