A formação laical, a criação de equipas de ação social e a redução de arciprestados são algumas das orientações que marcam o primeiro ano de D. António Couto à frente da Diocese de Lamego, que hoje se assinala.
A integração de regiões com poucos sacerdotes em áreas pastorais mais amplas foi o objetivo que presidiu à nova divisão territorial da diocese, que dos 14 arciprestados (conjuntos de paróquias) passou para seis, todos a contar com uma nova “Escola de Vivência da Fé”.
Em março o prelado sublinhou a necessidade de criar equipas locais de ação social, “para que ninguém se sinta sozinho, abandonado ou desfigurado”.
“Apelo a todos os párocos e paroquianos de todas as paróquias desta nossa Diocese de Lamego a que, com a ajuda da Cáritas Diocesana e em rede com ela e comigo, formemos o mais rapidamente possível em todas as paróquias Grupos de Caridade, Grupos Cáritas”, disse D. António Couto.
Em setembro o prelado redigiu uma Carta Pastoral onde acentuava que a diocese precisava de “agilizar” os conselhos Episcopal, Presbiteral e Arciprestal, além de “formar com a urgência possível” o Conselho Pastoral.
O documento também frisava que os fiéis precisa de sacerdotes que ensinem a mensagem da Igreja, apoiem os mais pobres e centrem a sua vida na celebração da missa e na oração, “não de vez em quando, mas com a tenacidade de quem está lá de pé todos os dias”.
No mesmo mês o prelado presidia pela primeira vez às festas da padroeira da cidade de Lamego, Nossa Senhora dos Remédios, solenidade que, à semelhança de outras, ajuda a renovar a fé e serve para “contrariar” o avanço do secularismo.
“Não é tanto pelas pregações que fazemos, é muito mais por aquilo que as pessoas veêm e sentem; ficam tão sensibilizadas que vão procurar mais e mais. Sguramente isto será uma rampa de lançamento para podermos levar o Evangelho às famílias, às escolas, aos lares, ao barulho das cidades”, apontou.
Em novembro, quando ordenou dois diáconos, D. António Couto pediu “cristãos convictos e credíveis” a anunciar de “forma direta e personalizada a sua “paixão” por Jesus, de modo a promover e ampliar uma rede de evangelizadores que insista na sua missão até que a diocese tenha “ateado o fogo do Evangelho a todos os corações”.
Dias antes de tomar posse como bispo de Lamego o responsável disse que contava apresentar-se na diocese “como sempre” o fez, quer “nas Igrejas portuguesas, nomeadamente em Braga, quer nos diversos continentes” por onde passou enquanto missionário.
“Sempre o procurei fazer com a máxima simplicidade e de uma forma afetiva, é importante que nós possamos aparecer de forma mais próxima das pessoas, sempre fiz assim e também o irei fazer em Lamego”, declarou.
A Agência ECCLESIA pediu a D. António Couto para realçar os aspetos que considerava mais importantes no primeiro ano à frente da diocese e revelar os objetivos para os próximos meses mas o prelado declinou a proposta, afirmando justificando a recusa com o facto de ser muito cedo para fazer um balanço da sua atuação.
A Diocese de Lamego, que se distribui por 223 paróquias da margem sul do rio Douro, goza da característica, única em Portugal, de a cidade onde está sediada não ser sede de distrito.
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